Algumas brincadeiras infantis foram desaparecendo, sendo substituídas gradativamente por brinquedos eletrônicos. O brincar do "lado de fora" cedeu para o "ficar do lado de dentro". O quintal foi substituído pelas salas e "plays" e o sol, pelas luzes de mercúrio. Novos tempos, novos hábitos, novas brincadeiras de uma nova geração. Não sou saudosista, apenas gosto de recordar, lembrar e buscar conciliar o que era bom naquele tempo com o que é bom nesse tempo. Se pudéssemos somar, juntar, aliar e melhorar as atividades infantis tudo seria muito mais maravilhoso.
Jogar bola de gude é uma das brincadeiras que me recordo muito. Podíamos escolher jogar bolinhas de gude cavando quatro buracos no chão, essa variável chama-se búlica, ou então, desenhar um triângulo e nele apostar as bolinhas ou então o mata - mata, que era um tipo de pega ladrão. Também havia uma linguagem usada pelos jogadores como "marraio, "feridô" sou rei", quase um dialeto só entendido pelos jogadores, além das belas coleções de bolinhas que podiam ser de apenas uma cor ou serem multicoloridas. Haviam os olhinhos, que eram as bolinhas menores que as normais, além das bilhas, que eram de metal.
Uma brincadeira simples,mas que exigia dos competidores, paciência, observação, inteligência, pontaria, cálculo além de exercitar o corpo no abaixa e levanta, num pleno contato com a natureza.
Seria muito interessante se pudéssemos reativar essas antigas brincadeiras intercalando-as com o uso dos computadores e celulares, além de outros tipos de jogos antigos e modernos, para interagir no processo de ensino e aprendizagem, o que permitiria o uso de uma diversidade maior de estímulos educacionais.
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