domingo, 19 de janeiro de 2014

“MARVADA” CACHAÇA

          O mundo musical está repleto de músicas que falam e cantam bebidas, porém a cachaça é uma das mais presentes no nosso cancioneiro. A “marvada” vem sendo motivo para afogar tristezas, curar mal de amor, consolar homem traído, festejar conquistas. O que não falta é motivo para entornar uns goles, porém sempre tendo o cuidado de pingar no chão a “do santo”. Bom bebedor sabe que primeiro é preciso servir “àquele” que não vemos.
O dia 13 de setembro foi escolhido para ser o “dia nacional da cachaça”, provavelmente  para relembrar “O Ébrio”, uma história triste sobre um homem que perde tudo ao se tornar um bêbado. Vicente Celestino, e sua grande voz imortalizou a tragédia, provocada pela bebida.
A “Divina” Elizeth Cardoso brincou com o tema cantando, “Eu bebo sim”, um clássico que se junta a outro interpretado por Inezita Barroso, “Marvada Pinga”. Adoniram Barbosa com sua irreverência nos presenteou “Mulher, patrão e cachaça”.
As águas rolaram num carnaval do Rio de Janeiro, quando o povo saiu para as ruas, cantando:
 “As águas vão  rolar,
Garrafa cheia eu não quero ver sobrar,
Eu passo a mão no saca, saca, saca-rolha,
E bebo até me afogar, deixe as águas rolar ...”
Batizada com dezenas de nomes, como abrideira, birita, marafo, pura, calibrina, pinga, branquinha, canjebrina, quebra-goela, cambraia, teimosa, urina-de-santo, saideira e outros tantos, variando de região e de cidades, porém o efeito é sempre o mesmo.
Na Bíblia o episódio “a embriaguez de Noé”, narra que após o dilúvio Noé plantou vinha e fez o vinho. Bebeu e se embriagou, tirou a roupa e desmaiou. Seu filho Cam o encontrou “tendo à mostra as suas vergonhas”. Talvez tenha sido este o primeiro caso de embriaguez e suas maléficas consequências.
Apesar de todas as brincadeiras e risos que as bebidas alcoólicas inspiram, sabemos dos malefícios causados pelo alcoolismo. Lares destruídos, assassinatos, suicídios, brigas, violência e tantos outros problemas, que pioram a medida que a sociedade desenvolve mais artifícios, que usados por indivíduos alcoolizados tornam-se perigosas armas. Os meios de transporte são bombas que explodem nas ruas e estradas causando vítimas fatais. Por mais que campanhas educativas sejam realizadas, o vício e o desrespeito ainda estão ditando as regras.
As bebidas foram criadas para alegrar e festejar, não e o álcool que causa problemas  sim aqueles que não sabem como usá-lo. Voltando novamente à Bíblia, o lindo episódio das bodas de Caná, narrado no Evangelho de João, Jesus a pedido de sua mãe transforma água em vinho.
Portanto, a maior e mais deliciosa bebida está na nossa fé! Através dela, não precisamos de nenhuma bebida para ser feliz!
Edison Borba

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