O nascimento de uma cidade é sempre
motivo de esperança. Os seus fundadores imaginam que irão fazer diferente,
haverá escolas, urbanização, hospitais e os seus habitantes irão desfrutar de
benefícios que outras não conseguiram realizar. Quando o cinema aborda o tema,
os colonizadores surgem como os guerreiros que levam o povo ao encontro de uma
nova Canaã. Haverá mel jorrando das fontes e a felicidade habitará todos os
lares.
Essa ideia sonhadora talvez seja apenas
uma forma romanceada para fugirmos das realidades, nem sempre tão bonitas e
pacíficas. Mas, uma nova cidade é sempre motivo para acreditarmos que haverá
mais oportunidades. Deve ter sido assim, quando surgiu Uberlândia (MG), Ceilândia
(DF), Sanclerlândia (GO), Brazlândia (DF), Epitaciolândia (AC), Verdelândia
(MG), Avelinópolis (GO), Açailândia (MA), Agrolândia (SC) e tantos outros
municípios. Alguns nomes traduzem a riqueza do local como Açailândia, terra do açaí.
Muitas cidades trazem em seus nomes
indicadores de suas riquezas, ou então é a marca de seus fundadores. O nome de
um município é sempre motivo de orgulho para seus habitantes.
Porém, surgiu em vários estados brasileiros
um novo povoado com as mesmas características. Seja no norte ou no sul, no
clima quente ou no frio seus habitantes comportam-se da mesma forma. Esta nova
e infeliz cidade tem o seu nome ligado ao um produto, que infelizmente, produz
miséria, loucura e infelicidade. Os seus revendedores, são pragas que roubam a alma dos
moradores, também conhecidos como usuários. É uma cidade (?!?) cujos habitantes
tem comportamento migratório. Eles trocam de espaço, levando seus trastes e
trapos. Comungam da mesma adoração a um deus pagão, que os envolve através do brilho
e da fumaça. Esse aglomerado humano “errante” já possui filial em grande parte
do território brasileiro. Nunca se observou um crescimento tão rápido de uma população.
Infelizmente, esse fenômeno de expansão
chama-se “Cracolândia”.
Como detê-lo?
Edison Borba
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