sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

QUANDO NASCE UMA CIDADE

         O nascimento de uma cidade é sempre motivo de esperança. Os seus fundadores imaginam que irão fazer diferente, haverá escolas, urbanização, hospitais e os seus habitantes irão desfrutar de benefícios que outras não conseguiram realizar. Quando o cinema aborda o tema, os colonizadores surgem como os guerreiros que levam o povo ao encontro de uma nova Canaã. Haverá mel jorrando das fontes e a felicidade habitará todos os lares.
Essa ideia sonhadora talvez seja apenas uma forma romanceada para fugirmos das realidades, nem sempre tão bonitas e pacíficas. Mas, uma nova cidade é sempre motivo para acreditarmos que haverá mais oportunidades. Deve ter sido assim, quando surgiu Uberlândia (MG), Ceilândia (DF), Sanclerlândia (GO), Brazlândia (DF), Epitaciolândia (AC), Verdelândia (MG), Avelinópolis (GO), Açailândia (MA), Agrolândia (SC) e tantos outros municípios. Alguns nomes traduzem a riqueza do local como Açailândia, terra do açaí.
Muitas cidades trazem em seus nomes indicadores de suas riquezas, ou então é a marca de seus fundadores. O nome de um município é sempre motivo de orgulho para seus habitantes.
Porém, surgiu em vários estados brasileiros um novo povoado com as mesmas características. Seja no norte ou no sul, no clima quente ou no frio seus habitantes comportam-se da mesma forma. Esta nova e infeliz cidade tem o seu nome ligado ao um produto, que infelizmente, produz miséria, loucura e infelicidade. Os seus  revendedores, são pragas que roubam a alma dos moradores, também conhecidos como usuários. É uma cidade (?!?) cujos habitantes tem comportamento migratório. Eles trocam de espaço, levando seus trastes e trapos. Comungam da mesma adoração a um deus pagão, que os envolve através do brilho e da fumaça. Esse aglomerado humano “errante” já possui filial em grande parte do território brasileiro. Nunca se observou um crescimento tão rápido de uma população.
 
 
 
 
Infelizmente, esse fenômeno de expansão chama-se “Cracolândia”.
Como detê-lo?

Edison Borba

 

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