domingo, 12 de janeiro de 2014

"POEMETO"

Ela chegou devagar silenciosa

Sem provocar angústia nem temor

Aproveitando momento de descuido

E de total solidão de amor

Não causou lágrimas nem sofrimento

Nem preciso foi, falar palavra alguma

Mesmo sem nada ter para dizer

Como foice afiada a cortar a relva

Retalhou-me inteiro

Sem sangrar meu peito

Solitário como flor nascida em pântano

Levou-me a vida por ciúmes vãos

De um amor perdido sem ter razão

Estava só, em solidão vivendo,

Que nem senti as suas mãos tão frias

A sufocar sem razão alguma

O que restara de uma vida inútil

Morri sem saber que a morte

Estava ali bem perto me espreitando

Para levar o que já não vivia

Matando o que era morto e ali jazia

Esperando apenas este encontro

Pra não sofrer outro desencanto.

Edison Borba

 

 




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