Sem
provocar angústia nem temor
Aproveitando
momento de descuido
E
de total solidão de amor
Não
causou lágrimas nem sofrimento
Nem
preciso foi, falar palavra alguma
Mesmo
sem nada ter para dizer
Como
foice afiada a cortar a relva
Retalhou-me
inteiro
Sem
sangrar meu peito
Solitário
como flor nascida em pântano
Levou-me
a vida por ciúmes vãos
De
um amor perdido sem ter razão
Estava
só, em solidão vivendo,
Que
nem senti as suas mãos tão frias
A
sufocar sem razão alguma
O
que restara de uma vida inútil
Morri
sem saber que a morte
Estava
ali bem perto me espreitando
Para
levar o que já não vivia
Matando
o que era morto e ali jazia
Esperando
apenas este encontro
Pra
não sofrer outro desencanto.
Edison
Borba
.
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