quarta-feira, 31 de agosto de 2016

CRUEL BONDADE

 
Existem algumas formas de expressão que representam “bondades cruéis”, por exemplo, quando somos obrigados a apresentar um empregado doméstico, que convive conosco há alguns anos, hipocritamente, justificamos: “é quase da família”. Outra justificativa, também provida de “crueldade”, está na forma de nos esquivarmos de alguém cujo comportamento ainda é produto de escárnio social. Quando o assunto em pauta, refere-se aos que fazem programas sexuais ou então que sã...o declaradamente homoafetivos, usamos de uma sutileza, sob a qual escondemos nossos preconceitos, quando afirmamos, “eu não me importo de ter uma amiga que é garota de programa” ou então “tenho amigos homossexuais que frequentam a minha casa”.
Deus do céu, como somos bonzinhos!
Estamos de coração aberto para fazermos concessões, abrirmos até as portas da nossa casa para toda e qualquer pessoa!
Creio, que Jesus, com aquele cabelo comprido, túnica branca, andar calmo e capaz de abraçar a todos, sem nenhum preconceito, não seria bem recebido em nossos lares e igrejas.
No mínimo seria rotulado como um homem “esquisito”.

Dificilmente entraria pela porta da frente, seria no máximo um “quase da família” ou então “uma pessoa a quem eu já até cumprimentei”.
Pode ser que eu esteja exagerando em minhas observações, mas que atire a primeira pedra, quem possa negar totalmente o que foi escrito.
Edison Borba

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