O
número de sequelados representa um peso
na economia do país. Jovens em fase da vida produtiva, fora do mercado de
trabalho por uma noite de balada e uma boa dose de irresponsabilidade e à falta
de educação. Muitas vítimas possuem curso médio completo, cursaram ou cursam
universidade, logo a educação que lhes falta, não está contida nos livros, mas
nas relações humanas.
Este
sério problema que o país enfrenta tem sua raiz nos lares, nas casas e nas
famílias. A falta de uma educação consciente, a falta de valorização da vida, a
falta de controle e a vontade de agradar os filhos, fazendo valer uma questão
antiga: “meu filho terá tudo o que eu não tive”, são algumas das principais
vias para a morte.
Nos
lares mais abastados, onde sobra dinheiro e falta amor, muitas vezes o mau
exemplo é dado pelos próprios familiares.
“O
que se ganha fácil, não recebe o devido valor”, é outra máxima popular que
podemos aplicar nesta situação. Famílias cujo poder financeiro coloca-os acima
do bem e do mal, o poder dos pais, suas contas bancárias fazem dos filhos
verdadeiros monstros, ao presentear-lhes com máquinas mortíferas: os
automóveis.
Há
um sem número de histórias envolvendo jovens milionários que matam e continuam
sorrindo sobre o cadáver, deixando claro que para eles e seus familiares o
dinheiro compra tudo, incluindo a vida humana.
A
Lei Seca e as diversas campanhas sobre a humanização nas estradas e ruas trouxe
melhorias no comportamento dos
motoristas, porém ainda falta muito para que
os brasileiros apresentem mudanças em suas atitudes.
A
questão maior, a raiz do problema, está no exemplo: criança aprende (também)
por imitação e infelizmente o que muitas presenciam, são familiares
desrespeitando as regras e as leis, como: não usando cinto de segurança,
falando ao telefone enquanto conduz o veículo, desatenção ao volante,
ultrapassando a sinalização entre outras infrações.
Este
desrespeito é visto também entre os pedestres, quando pais, mães e babás
atravessam as ruas e avenidas com
sinalização apontado vermelho, livre para os veículos. A criança aprende a
ser um pedestre que não respeita as leis e quando receber um carro de presente
repetirá o que aprendeu, portando uma
arma, o carro.
A
questão educacional tem que ser abrangente, não só para quem está sentado
diante de um volante, mas também para os pedestres que muitas vezes por
desatenção ajudam a provocar acidentes.
É
lamentável, que a morte continue a receber carona, numa viagem sem volta!
Edison
Borba
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