Nome: Elizângela Barbosa
Idade: 32 anos
Profissão: dona de casa
Estado civil: casada – mãe de três filhos
Residência: Niterói – R.J.
Fato: Insegura com a quarta gravidez, jovem mulher casada, saiu de casa no dia 20 de setembro, levando a quantia de dois mil e oitocentos reais para pagar por uma “cirurgia” (??!!) de aborto.
Elizângela
é mais uma vítima das várias brasileiras que morrem anualmente pela mesma
causa: aborto clandestino, que configura a quinta causa de morte materna no
Brasil. Infelizmente, a maioria das
mulheres que fazem parte desta lista, são pobres, que não possuem dinheiro
suficiente para pagar boas clínicas e competentes médicos. No mundo dos famosos
este tipo de morte não acontece, apesar de toda a sociedade saber que o aborto
é uma prática comum entre eles.
Enquanto
autoridades políticas, policiais, religiosas entre outros grupos discutem, o
problema continua. Os casos mais drásticos ocupam as páginas dos jornais, como
o de Elizângela e o de Jandira Magdalena, cujo corpo ainda não foi
identificado, porém muitos outros ocorrem e a sociedade finge que desconhece.
Quando
teremos leis que consigam resolver de alguma forma esta questão. Proibir ou não
proibir são opções que minimizam um grande e grave problema que envolve o papel
da mulher na sociedade brasileira. As cidadãs que procuram clínicas
clandestinas para resolverem (??!!) um problema são mal informadas. Elas não
possuem orientações de como poderão sobreviver neste país caso optem por manter
a gravidez. Há uma hipocrisia nas decisões que muito nos assusta. Uma grávida
quando coloca sua vida em risco tentando um aborto, está no mínimo sentindo-se
completamente abandonada, sozinha e aterrorizada.
Edison
Borba
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