É
destino de peregrino
É
sonhar e penar
Viver
é caminhar sem rumo, por estradas desconhecidas
Viver
é andar em corda bamba, é cumprir carma
A
vida é como um rio corre rápido e não tem retorno
Vida
é fumaça, vai se desmanchando pouco a pouco
É
domar cavalo brabo, é sangrar de paixão
É
escalar montanhas íngremes
É
curtir paisagens que só veremos uma vez
É
estar num mundo sozinho mesmo estando junto
Vida
é som de guitarra, dedilhada por mãos apaixonadas
Viver
é ter pés cansados, mas saber que não se pode parar
Viver
é valorizar as pequenas coisas
É
alegrar-se com a brisa que roça a pele
É
abrir mão do que se ama, é dividir, distribuir
Talvez
seja o não amar, simplesmente viver
É
verso é poema é carta de amor esquecida no fundo da gaveta
É
buscar raios de luz em noite escura
É
dormir sem sonhar acordar sem se dar conta que morrer é assim
É
corte de navalha na mão do trabalhador
É
lágrima parada no rosto marcado pelo tempo de viver
É
azul do mar, oceano profundo onde nunca vamos chegar
É
a sombra trazendo sorrateiramente o anoitecer
Vida
é dor é amor. É dor de amor. Às vezes é apenas dor
Damos
graças à vida, que temos e a que não temos
Agradecemos
enquanto estamos vivos pela vida que perderemos
Graças
à vida não a nossa vida, mas a vida (a
toda a vida) que há no universo.
Edison
Borba
Nenhum comentário:
Postar um comentário