sexta-feira, 12 de setembro de 2014

VIDA

É destino de peregrino
É sonhar e penar
Viver é caminhar sem rumo, por estradas desconhecidas
Viver é andar em corda bamba, é cumprir carma
A vida é como um rio corre rápido e não tem retorno
Vida é fumaça, vai se desmanchando pouco a pouco
É domar cavalo brabo, é sangrar de paixão
É escalar montanhas íngremes
É curtir paisagens que só veremos uma vez
É estar num mundo sozinho mesmo estando junto
Vida é som de guitarra, dedilhada por mãos apaixonadas
Viver é ter pés cansados, mas saber que não se pode parar
Viver é valorizar as pequenas coisas
É alegrar-se com a brisa que roça a pele
É abrir mão do que se ama, é dividir, distribuir
Talvez seja o não amar, simplesmente viver
É verso é poema é carta de amor esquecida no fundo da gaveta
É buscar raios de luz em noite escura
É dormir sem sonhar acordar sem se dar conta que morrer é assim
É corte de navalha na mão do trabalhador
É lágrima parada no rosto marcado pelo tempo de viver
É azul do mar, oceano profundo onde nunca vamos chegar
É a sombra trazendo sorrateiramente o anoitecer
Vida é dor é amor. É dor de amor. Às vezes é apenas dor
Damos graças à vida, que temos e a que não temos
Agradecemos enquanto estamos vivos pela vida que perderemos
Graças à vida não a nossa vida, mas a vida  (a toda a vida) que há no universo.
Edison Borba
 
 

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