Quando
o horário eleitoral foi aprovado e passou a vigorar, houve rejeição por alguns
eleitores, entre os quais eu me estou me incluindo. Porém, com o passar dos
anos e de algumas eleições realizadas após este espaço no rádio e televisão,
vejo o quanto é importante à existência
deste espaço político.
Algumas
situações que podemos destacar ao
assistirmos este programa:
*rever
rostos que se mantiveram desaparecidos por quatro anos;
*o
show de hipocrisia, alguns candidatos poderiam concorrer a prêmios de interpretação;
*humildade
programada, lágrimas produzidas e promessas impossíveis;
*o
uso do santo nome de Deus em vão;
*senhores
de paletó e gravata e mulheres em trajes elegantes, tentando ser sérios;
*velhinhos
sendo abraçados;
*criancinhas
sendo colocados no colo;
*distribuição
de apertos de mão;
*cafezinhos
tomados em botecos dos lugares mais inusitados;
*pedidos
de confiança: eu vou fazer tudo por você!
*confiem
em mim, peço mais uma oportunidade;
*dedos
apontados na direção do adversário e recendo de volta as mesmas acusações.
Esta
lista poderia crescer ao infinito, porém com todos esses quesitos nota zero
também é possível perceber aqueles que estão tentando a ética e a seriedade.
Assistir
ao horário eleitoral é como procurar agulha no palheiro e tentar separar o joio
do trigo.
Existem
os bons, aqueles que querem um país melhor. Os que se preocupam com as crianças
e idosos. Os que sabem que é preciso melhorar nosso processo educacional e
fazer uma limpeza nos hospitais e garantir a segurança do trabalhador.
Existem
aqueles que sabem que o salário mínimo brasileiro é mínimo mesmo para pagar
contas e aguentar um sistema inflacionário que teima em existir. Acredito
naqueles que se comovem e irão tentar fazer algo pelos sem teto e os sem terra.
Os que acreditam numa Amazônia preservada e que o futuro do mundo em grande
parte depende dos recursos naturais brasileiros. Creio que existam os que jamais
farão obras superfaturadas e respeitarão os direitos do povo.
Existem
os bons! Eles existem, precisamos que “eles” se façam ouvir e que se vencerem
não deixem de acreditar que moral e
ética nunca perdem o valor.
Edison
Borba
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