O
verão no Rio de janeiro ainda não chegou oficialmente, mas a sua temporada está
prometendo muitas emoções. Do Leme ao Pontal, como cantou Tim Maia, além dos
piscinões de Ramos e São Gonçalo, o povo irá curtir o sol, para “pegar um bronze”. Ontem, dia 14 de setembro,
o calor passou dos trinta graus e o povão tomou conta das areias. Alegria,
biquínis, bolas, sorvetes e bandidos. Em Ipanema, a sua famosa garota fugiu para o asfalto ameaçada por quadrilhas
de bandidos que provocaram arrastões. A polícia agiu com bombas de efeito moral
e prendendo mais de trinta pessoas, na
maioria jovens, que voltaram ao mar para amedrontar os banhistas. E
novamente gente correndo abandonando
pertences, crianças gritando, choro, lágrimas e a praia se tornou vazia.
Uma banhista, apavorada, declarou: “a polícia não deu conta – o verão 2014 vai
ser brabo!”
Mas,
este final de semana não foi animado apenas na orla do Rio de Janeiro, bandidos
de quadrilhas rivais, traficantes do
Comando Vermelho, que atuam no morro São José Operário, entraram em confronto
com milicianos do morro do Fubá, em Campinho, dando continuidade à segunda
noite de enfrentamentos.
Enquanto
isso, a Escola de Samba Mangueira, cancelou a festa para a escolha do seu samba
de enredo para o desfile de carnaval. Motivo: tiroteio numa região conhecida
como Vila da Miséria, que provocou um clima tenso na quadra da agremiação. Os
Diretores da querida Mangueira resolveram cancelar a festa que aconteceria
neste final de semana, para preservar a segurança dos convidados.
No
bairro São Leopoldo, em Belford Roxo, município do Rio de Janeiro, na noite deste domingo 14 de setembro, quatro
suspeitos de tráfico de drogas foram baleados na troca de tiros com a polícia.
Sem
dúvidas, este verão promete ser um dos mais alegres e festivos dos últimos
anos. Teremos praias cheias de banhistas e pivetes. Ônibus lotado com
passageiros entrando pelas janelas dos coletivos, bombas de efeito moral, muito
protetor solar, turistas, chope gelado, sorvetes, assaltos, quadrilhas de
milicianos disputando espaço com traficantes, lindas garotas, surfistas
bronzeados, pivetes furtando turista e muita alegria e samba.
No
meio de tudo isto, policiais tentando
organizar o tumulto. Homens e mulheres que diariamente colocam suas vidas em
risco numa guerra que parece não ter fim.
Edison
Borba
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