Vivemos
um novo mundo que ainda não sabe exatamente como lidar com as crianças. O
universo infantil repleto de sonhos e
fantasias, já não é o mesmo de outros tempos. Em outras décadas havia um espaço
específico para a garotada. Brinquedos, livros, histórias, filmes, roupas era
tudo bem definido. Era outro tempo,
outra realidade. Aos poucos, nossos descendentes foram sendo
“adultizados”. Não existe mais uma linha que separa adultos de crianças e
jovens. É possível vermos meninas caricaturadas de mulheres. Jovens cujos
rostos assemelha-se ao de adultas. Também entre os meninos o fenômeno é observado, porém em menor escala. Cirurgia
plástica aos quinze anos, corpos bombados em academias por exercícios e
estimulantes. Fotos infantis (??!!) nas quais as crianças estão em poses
sensuais. Criou-se um mundo no qual os protagonistas, não possuem maturidade
para entender as caras e bocas que pedimos para eles fazerem.
Talvez,
o mundo esteja passando por uma fase de transição, para que após alguns anos, o
equilíbrio volte a acontecer. Saímos de uma época em que a virgindade era um
tabu a ser respeitado, para a fase dos
“namoridos”, uma mistura de namorado e marido, onde fazer sexo antes dos quinze
anos acontece na casa dos familiares. Certo? Errado? Fase de transição?
Dificuldade dos pais de manter uma relação amigável com os filhos? Excesso de
liberdade?
É
comum encontrarmos meninas que antes do baile de debutantes já tiveram mais de
um parceiro sexual. Talvez o excesso de casamentos desfeitos esteja nesta “mistureba”
de sentimentos onde amar virou sinônimo de ficar. Numa balada fica-se com
vários ao mesmo tempo com a mesma naturalidade de quem vai a um cinema.
Nesta
embolação de liberdade sem controle, assistimos ao aumento do abandono escolar,
gravidez na adolescência, abortos e tantos outros problemas que destroem o
mundo que era encantado para as crianças e jovens. É uma grande perda social e
uma perda ainda maior para a espécie humana. Ficamos a imaginar qual será o
futuro dos nossos descendentes? Como será a organização familiar nos próximos
50 anos? Será que os humanos descerão dos colos de seus pais diretamente para
as baladas? Os termos infância e adolescência irão desaparecer?
O
“Admirável Mundo Novo” já chegou e invadiu as nossas casas, o que faremos com
ele?
Edison
Borba
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