domingo, 14 de setembro de 2014

CRIANÇAS DO NOVO MUJNDO.

Vivemos um novo mundo que ainda não sabe exatamente como lidar com as crianças. O universo  infantil repleto de sonhos e fantasias, já não é o mesmo de outros tempos. Em outras décadas havia um espaço específico para a garotada. Brinquedos, livros, histórias, filmes, roupas era tudo bem definido. Era outro tempo,  outra realidade. Aos poucos, nossos descendentes foram sendo “adultizados”. Não existe mais uma linha que separa adultos de crianças e jovens. É possível vermos meninas caricaturadas de mulheres. Jovens cujos rostos assemelha-se ao de adultas. Também entre os meninos o fenômeno  é observado, porém em menor escala. Cirurgia plástica aos quinze anos, corpos bombados em academias por exercícios e estimulantes. Fotos infantis (??!!) nas quais as crianças estão em poses sensuais. Criou-se um mundo no qual os protagonistas, não possuem maturidade para entender as caras e bocas que pedimos para eles fazerem.
Talvez, o mundo esteja passando por uma fase de transição, para que após alguns anos, o equilíbrio volte a acontecer. Saímos de uma época em que a virgindade era um tabu a ser respeitado, para a fase  dos “namoridos”, uma mistura de namorado e marido, onde fazer sexo antes dos quinze anos acontece na casa dos familiares. Certo? Errado? Fase de transição? Dificuldade dos pais de manter uma relação amigável com os filhos? Excesso de liberdade?
É comum encontrarmos meninas que antes do baile de debutantes já tiveram mais de um parceiro sexual. Talvez o excesso de casamentos desfeitos esteja nesta “mistureba” de sentimentos onde amar virou sinônimo de ficar. Numa balada fica-se com vários ao mesmo tempo com a mesma naturalidade de quem vai a um cinema.
Nesta embolação de liberdade sem controle, assistimos ao aumento do abandono escolar, gravidez na adolescência, abortos e tantos outros problemas que destroem o mundo que era encantado para as crianças e jovens. É uma grande perda social e uma perda ainda maior para a espécie humana. Ficamos a imaginar qual será o futuro dos nossos descendentes? Como será a organização familiar nos próximos 50 anos? Será que os humanos descerão dos colos de seus pais diretamente para as baladas? Os termos infância e adolescência irão desaparecer?
O “Admirável Mundo Novo” já chegou e invadiu as nossas casas, o que faremos com ele?
Edison Borba
 
 

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