segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

O CARNAVAL E A RELIGIOSIDADE

Faz anos que carnavalescos entram em conflito com as religiões, chegando algumas vezes, às via de fato. Lembro, quando Joãosinho Trinta desfilou com o Cristo coberto por um plástico, em protesto pela proibição da exibição da imagem durante o desfile. Mesmo com as divergências, os artistas do carnaval sempre conseguem uma forma de driblar convenções e mostram o religioso junto com o profano.
Este ano (2017), a Escola de Samba Unidos de Vila Maria, ...de São Paulo, homenageou Nossa Senhora Aparecida, santa padroeira do Brasil, lembrando os 300 anos da aparição da imagem da santa. Desta vez, a igreja católica, participou da organização do enredo orientando sobre fantasias, carros alegóricos e até na letra do samba. Eis que surgiu uma escola linda, bem vestida, alegre, usando figurinos mais comportados e o refrão cantado pelos desfilantes, misturou samba e canto religioso.
Esta atitude da diocese paulistana vale uma boa reflexão: “há momentos que o melhor é se unir para modificar, do que apenas fugir e criticar”.
Quem sabe este assunto possa vir a fazer parte das pautas dos diversos e diferentes grupos religiosos do nosso País.
Edison Borba
 

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