terça-feira, 21 de janeiro de 2020

A NAMORADINHA DO BRASIL

(por) Edison Borba



A namoradinha do Brasil, cresceu transformou-se numa mulher e acaba de chegar ao Planalto. Ela terá que trocar os bastidores da televisão pelas salas do Palácio da Alvorada. Há enorme expectativa em relação à sua nomeação para cuidar da cultura brasileira. Importante que a Senhora Regina, lembre-se que ao ocupar uma das mesas do governo terá que deixar de ser Helena ou a viúva Porcina para trabalhar com seriedade, liberdade e em prol da cultura. Seus horizontes terão que ser maires que uma telinha de TV, ela precisará abrir seus olhos e ouvidos para a música, o teatro, o circo, a dança e tudo o que irá representar o livre universo da cultura. A arte alegra, assusta, emociona, faz pensar e faz sonhar. Mordaças e algemas não combinam com o universo das artes. Ela terá que lidar com verbas, livros, contas e tomar decisões sobre o que vale ou não vale a pena apoiar e financiar. Talvez a Senhora Regina esteja diante de um dos maiores papeis da sua vida. Terá como plateia toda a população brasileira e irá "lidar" com todos os tipos de personagens da literatura, teatro e cinema, como violões, mocinhos, hipócritas e bandidos entre outros. Que ela tenha sabedoria e equilíbrio para saber decidir pela arte e pela cultura. Que não se renda à pedidos e nem à ordens que não combinem com verdadeira cultura democrática de um País.

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