(por) Edison Borba
A cartomante lê as cartas /// A quiromante as nossas mãos
O Pai de Santo, os búzios /// E a cigana o tarô
A criança lê histórias /// O apaixonado poemas
Há os que leem jornais /// Tem gente que lê obituários
Talvez esperem herança /// Deixada por algum milionário
O matemático lê problemas /// O geógrafo os mapas
O paranormal lê as mentes /// O farmacêutico receitas
O doente lê as bulas /// Mas tem muita gente,
Que se parece com mula /// Aquelas que puxam carroça
Pelas estradas, na roça /// Mas as mulinhas, coitadinhas
São animais, mui queridos /// Não são feitas para ler
Apenas pra trabalhar /// Os que não gostam de ler
Não se parecem com elas /// Nem com os burros, queridos
Trabalhadores aguerridos
São pessoas esquisitas /// Dão coice, falam tolices
Dos livros fogem correndo /// E na ignorância estão vivendo Solitárias, de dar dó! /// São amargas que nem jiló!
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