(por) Edison Borba
Existem palavras, cujo significado, dependendo de onde e como ela é
empregada, pode ter conotações boas, tristes ou até trágicas. Um
bom exemplo é o verbo desagregar.
Quando
ele aparece no dicionário policial tem
efeito associado ao gás de pimenta, que é lançado sobre
manifestantes, para desagregar um grupo, separar os que estão
protestando. Nos
laboratório de anatomia, os médicos desmembram o corpo de um morto,
desagregando todas as suas partes para que se possa entender o
funcionamento do organismo. Nos casos citados, desagregar associa-se a situações de estudo,
experiência e manutenção do equilíbrio social. Portanto,
desagregar fez-se necessário.
Porém,
quando a desagregação acontece entre pessoas, provocando a
desunião, a separação e a dissociação, o verbo só
pode ser conjugado no tempo da tristeza, no presente, que anula um
passado de amizade e despreza o que poderia ser um belo futuro.
Como é
triste vermos uma família se desagregando, se desfazendo e seus
componentes se espalhando pelo mundo numa total dissociação de
amor. O mesmo pode acontecer entre amigos. Amizades que se fragmentam
separando pessoas, que dividiram bons momentos, deram boas risadas e
até choraram juntos, mas, que movidos por algum incidente, se desconectaram dissolvendo todo um tempo de
amizade.
Desunir o
que estava agregado pelo carinho, decompor uma relação de afeto
arrancando do coração o que havia de belo, é terrivelmente triste.
Ninguém deveria se separar ou ser separado de quem ama, sejam
amantes ou amigos. É como arrancar uma parte do corpo!
Cuidemos
para que não sejamos levados a dissolver uma relação, desagregando amigos, se dissociam para nunca mais se unirem!
Cuidado,
por favor cuidado!
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