segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

HERANÇA MALDITA

(por) Edison Borba



Todas as vezes que a morte de uma pessoa famosa é anunciada nos meios de comunicação, os olhos dos leitores voltam-se para a herança deixada pelo falecido. Algumas vezes o montante do que ficou para os herdeiros seria o suficiente para sustentar um grande número de famílias brasileiras. Porém, mesmo havendo o suficiente para matar a fome de todos e ainda sobrar para comprar sorvete, o que assistimos é deprimente. Irmãos contra irmãos,  filhos contra pais, parentes de todas as categorias se degladiando por uma fatia do bolo. Ninguém quer sair perdendo! Os óculos escuros usados na cerimônia fúnebre já estão na gaveta,  de onde sairão para ser exibidos  diante dos juízes. Que lamentável! Que mesquinho! Essas questões revelam a pobreza que existe na espécie humana. O "ter" sobrepondo o "ser" numa selvageria que daria inveja aos mais agressivos animais. Viva o Homo sapiens e a sua vã sabedoria!

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