segunda-feira, 2 de novembro de 2015

FINADOS E A DOAÇÃO DE ORGÃOS!


Dia dos “finados”! Dia para lembrarmos dos que faleceram! Daqueles com quem convivemos e dos que formam nossas raízes.
Todos nós somos provenientes de uma relação de seres, que passaram suas bases genéticas adiante, perpetuando as características da nossa espécie, nossos antepassados.
Levando-se em conta que os genes são constituídos de moléculas bioquímicas, que passam de geração em geração, podemos imaginar e até sonhar, que provavelmente em nosso organismo exista uma porção bioquímica que já existiu em outro organismo, como dos nossos pais, avós, bisavós entre outros.
Essa é uma reflexão interessante e fascinante quando “comemoramos” o dia dos finados. Permite, através de uma visão bioquímica, que possamos manter vivos em nós, aqueles que amávamos e, que faleceram.
O fenômeno da morte ainda é um tabu. O medo de morrer e de perder pessoas amadas nos deixam assustados.  Buscamos comunicações através de “paranormais” que através de “poderes” que não sabemos explicar, fazem contatos com o mundo dos mortos, trazendo recados e dessa forma nos confortando. Mas tudo isso, está sempre envolto numa atmosfera de desconfiança. Há sempre uma dúvida quanto a veracidade da mensagem recebida.
Como substituir filhos, pais, amigos e amores. Mesmo quando se mergulha no mundo da fantasia e os clones aparecem como substitutos, sabemos que eles não poderão substituir a matriz.
Fotos, filmes, cadernos de recordações são também usados para mantermos vivos os nossos finados. Uma roupa, um perfume, um som, uma melodia, um sabor são  elementos, que  materializam por segundos ajudam a viver com a saudade.
Filosoficamente pensando, enquanto existir quem se lembra de alguém, esse alguém se manterá vivo. É a imortalidade histórica!
Seja como for, a saudade é a forma mais forte de guardarmos nossos entes queridos em nossos corações. Esse sentimento que nos amargura e nos faz sofrer é também a forma de amor, responsável por fazer renascer e manter vivo quem jamais morrerá em nosso pensamento.
Porém, a doação de órgãos é um excelente caminho para mantermos viva a memória de nossos amigos e parentes. Imaginemos o coração de um ente querido, pulsando no peito de outra pessoa, gerando vida e alegria para outra família.
Doar órgãos é perpetuar a vida de alguém que amamos. É uma atitude de amor em mão dupla: para quem deixou de viver e para quem poderá continuar a viver.
Edison Borba

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