sexta-feira, 27 de novembro de 2015

INSUPORTÁVEL DOR

Torna-se insuportável o convívio comigo mesmo
Tento sobreviver com bravura e buscar nova vida
Mas é difícil vencer a tristeza e a imensa dor que
vai em minha’alma...

A sensação de perda que está sempre presente
Eu gostaria, apenas por um dia, voltar a ser filho
e abraçar meu pai
Só para senti-lo apertando-me em seu peito
É impossível descrever o que sinto, diante de tão
dolorosa perda
Uma dor que é só minha e por ser minha é única
Como também foi único e especial, aquele homem
a quem chamei de pai
Aprendi a amá-lo sem medo de perdê-lo, pois sendo herói
imaginava-o imortal
Homem forte, como um Deus, empunhava seu machado
de incansável trabalhador
Impossível não lembrar sem dor, de sua voz ao me abençoar
E sentir neste gesto simples, o quanto grande era seu amor
Da sua mão, ao tocar meu ombro, num carinho tímido,
mas sincero, guardo lembranças
que me doem n’alma
É dolorido saber que não há como voltar no tempo,
e tentar aproveitar bons momentos ...
Não quero superar a dor e nem esquecer do amor
Estou de luto! Impossível tão grande ausência suportar
Eu que nunca fui pai, não sei como transcender a dor
De não poder passar para um único filho meu
Todo o amor que ele me deu!


Para meu pai Oswaldo Borba.

 Edison Borba

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