O que vejo da minha janela?
Simplesmente nada vejo ...
Abro a minha janela, em frente a ela existe um paredão
Concreto? Sim, concreto, de concreto!Cinza? Sim, absolutamente cinza!
Abro minha janela e a luz do sol não entra por ela
Sombras? Sim, sobras de sombras que
escurecem a minha vida.
Então vives no escuro? Sim, na escuridão
da minha janela abertaAbro a janela e vejo como paisagem, uma miragem
Abro a janela e penso estar vendo uma linda praia
Às vezes vejo florestas e ouço pássaros
cantando
Da minha janela, eu nem vejo outras
janelasO paredão! Ah! O paredão! Enorme construção!
Nem sei mais, porque abro a minha janela
Talvez seja por costume, talvez seja opção,
Talvez seja a vontade de sair da
escuridão
Já nem sei para que serve uma janela!Dizem que serve para ver ...
Ver, a paisagem!
Minha paisagem? Eu a tenho dentro de minha cabeça
Preciso vê-la antes que enlouqueça
Quero uma andorinha, voando pelo espaço
Livre, sem nenhum laço ...Quero uma plantinha, pequeninha, verdinha
Diante da minha janela aberta para o finito infinito de um paredão
Fico debruçado, na minha janela, tentando ver através dela
O que existe além da minha solidão!
Edison Borba
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