quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

RIO DE JANEIRO - MAIS DE 40 GRAUS





Ultrapassamos os 40 graus. Explodimos em calor. Rio, cidade maravilhosa virou um purgatório. Belezas dissolvidas em suor e cerveja. Abano, leque, ar refrigerado, ventilador vale tudo para amenizar o purgatório.
Sorvete, água gelada, entrar nas lojas e dar o golpe do ventinho (ficar olhando os artigos só para esfriar a cabeça), não se importar se a fila do banco está longa, mas  a refrigeração é perfeita.
Rio mais de 40 graus, temperatura recorde. Asfalto grudando a sola da sandália, aquela que solta às tiras. Pele ardendo mesmo tendo usado aquele creme que o vendedor ambulante garantiu que era importado. Ônibus lotado e desodorante vencido.
Tudo isso e muito mais é o Rio, querido Rio, um purgatório de felicidade. A praia está poluída, mas as águas refrescam nosso corpo e o sol mata as bactérias.
Sonolência, preguiça, indolência e calor. Muito calor. Cinema, delícia de cinema, o filme? Que filme eu quero mesmo é me refrescar.
Rio 40 e muitos graus, guarda-chuva vira sombrinha. O magro poste oferece uma sobra de sombra. Nossas árvores, queridas árvores que cortamos e matamos sem piedade. Queremos vocês e suas sombras. Juramos protegê-las. Por favor, voltem a crescer nas ruas do Rio 40 e muitíssimos graus.
Rio do calor e da sensação térmica. Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa. Calor é quem provoca a sensação térmica, que é maior que o calor. Dizem que é por causa da umidade do ar. Eu que pensei que umidade era sinônimo de “refrescação”.
Que horror, descobri que sou ignorante. Mas com esse calor, como pensar? Meus miolos estão fervendo dentro da caixa craniana. Acho que está saído fumaça pelas minhas narinas.
Rio mais de 40 graus, amo você assim mesmo. Rio de Janeiro - Cidade maravilhosa!
Edison Borba

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