quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

DONA DE CASA - DONAS DO LAR

Antes do relógio “avisar” ela já está acordada. Coloca a mesa para o café, acorda as crianças, e ainda sobra um tempinho para carinhosamente chamar o companheiro.  Prepara o lanche dos filhos, a marmita do marido, reparte o pão divide alegria e distribui afeto.
Distribui a manteiga, na mesma quantidade para não haver divergências. Troca confidências com o marido e faz algumas observações aos filhos. Tudo acontece ao mesmo tempo. Reparte, serve, atende, conversa, organiza como se tivesse várias mãos.
Consegue lembrar a prova de matemática da filha caçula e da aula de apoio para o do meio. Faz alguns comentários sobre como deve ser o dia e lá vai a sua família descendo a rua.
Agora sozinha, respira fundo e começa outra etapa. Arrumar a casa, lavar as roupas, cozinhar e verificar se nada está faltando na despensa. Pensa no almoço, mas não esquece o jantar. Controla as finanças, imaginando como fazer aquele dinheiro se multiplicar.
Enquanto limpa os móveis, mexe a panela e coloca a roupa de molho. Geneticamente mutante, esses seres possuem mil braços, orelhas grandes, pernas resistentes e um gene para a paciência, que é considerado único em toda a espécie humana – “dona de casa”.
Capaz de controlar, verificar, acompanhar, ouvir, observar, numa agudeza de sentido e precisão, muito acima dos modernos computadores. Dificilmente precisam  trocar peças ou apresentam defeito. São incansáveis.
Capaz de cantarolar enquanto pensa em como irá resolver um problema doméstico. Passar roupas e bater um bolo. Picar cebola sem chorar e derramar lágrimas pelo sucesso dos filhos. Sem carteira assinada, bônus para alimentação, auxílio locomoção, possibilidades de fazer carreira ou de ser promovida essa trabalhadora exerce as suas funções preocupada no bem estar daqueles a quem oferece gratuitamente seus serviços.
Sorri feliz quando os pratos ficam vazios, mensagem indicando que o feijão, mesmo sem todos os ingredientes necessários, estava delicioso.  Com  sutileza e precisão, sabe onde cada um esqueceu a pasta, o chaveiro, o boletim, o lápis e aquela blusa cor de rosa e a conta de luz.
As donas de casa, são seres  capazes de exercer mil tarefas sem deixar de ser mulher. Apesar de tantos afazeres, lutam para manter seu amor. Sem academias, silicones, cremes importados, massagens e tantos outros ajustes e truques que apenas um grupo privilegiado consegue usufruir a “dona de casa” popular não deixa de ser feminina.
Com o inconsciente bombardeado por  modelos,  atrizes famosas e emergentes poderosas elas ainda  mantém seus companheiros desejosos de suas presenças.
Oferecem seus corpos aos maridos sem nenhum artifício. Naturais e biologicamente femininas, são malhadas pelo trabalho doméstico e maravilhosamente sensuais. Conhecem os segredos da vida e do amor. Mães, mulheres e companheiras em todo o mundo vocês fazem a diferença.
Obrigado! Não sei o que dizer, além de obrigado!
Edison Borba


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