segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

VOLUNTÁRIO

Os dicionários descrevem voluntário, como  aquele que age espontaneamente. Por vontade própria. Sem coação.
Cidadãos, que movidos por sentimentos de amor se dedicam a alguma causa. Em épocas de guerra, assistimos ao alistamento militar, de homens e mulheres, que por amor à sua pátria partem para a luta, sem pensar no risco que colocam as suas vidas. Muitas vezes, esse tipo de voluntariado é questionado, por ser conseguido através de campanhas capazes de mobilizar, apelando para sentimentalismos e valores  pouco consistentes. Esse  voluntariado, foge à regra daquele em que não se coloca questões políticas como estimuladores à participação.
O que queremos destacar é  outro tipo de voluntário. Aqueles que dedicam parte de seu tempo para atuar em atividades muitas vezes alheias ao seu campo profissional. Homens e mulheres que passam horas em hospitais levando divertimento para os internos. Os doadores de sangue, que espontaneamente buscam os centros especializados, mesmo quando não há uma emergência a ser atendida.
Homens e mulheres, que sem nenhuma remuneração auxiliam escolas, hospitais, creches ou onde houver necessidade da sua colaboração.
Muitas vezes diante de uma catástrofe, esses seres iluminados surgem como formigas para trabalhar incansavelmente.
Outros o fazem de forma cotidiana, e ainda existem os que se deslocam para outras cidades e até países, para levar apoio, carinho, atenção, tratamento e solidariedade.
A espécie humana é bastante interessante. Encontramos atitudes, movimentos e ações em seres que muitas vezes, aparentemente não tinham absolutamente nada para doar. Num sentido material, provavelmente, alguns até necessitassem de apoio, mas quando ocorre o chamado, eles surgem e sem pedir nada em troca, se doam.
Por outro lado, encontramos seres dessa espécie, que mesmo possuindo condições, sociais, financeiras e até políticas para agir a favor do bem, se omitem e até “rapinam” o que deveria ser entregue aos necessitados.
É interessante e até vale um estudo genético comportamental. Quem são os voluntários, os doadores, os solidários, os que atravessam fronteiras, os que não temem por em risco sua própria saúde e segurança para colaborar, salvar vidas, levar alegria e cidadania onde houver necessidade?
Quem são os que agem de forma oposta? Se aproveitam das tragédias, das catástrofes, da miséria para tirar proveito próprio? 
Todos pertencem à espécie humana. Possuem um patrimônio cromossomial semelhante, porém agem da maneiras diferenciadas.
Fica a questão, para ser pensada e elaborada, através de reflexões e debates.
Fica também o abraço, o reconhecimento, o agradecimento a todos os que se apresentam livremente, voluntariamente, sem pedir nada em troca, apenas com a vontade de ajudar.
Fica o amor de todos os que um dia precisaram de conforto moral ou material e foram atendidos e embalados por braços solidários.
Que em 2012, o número de voluntários aumente nas escolas, hospitais, asilos, creches, orfanatos, prisões, comunidades populares ou onde houver alguém necessitando a ajuda.
Parabéns a você que é voluntário! Meus respeitos e consideração!
Edison Borba

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