sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

IDADE PARA AMAR.

Na literatura, poesia, música e diversas outras áreas da arte, o amor sempre aparece enquadrado num período da vida humana. Quando abordado na adolescência, surge como paixão. Dúvidas pairam sobre as relações que acontecem nessa faixa etária. Será que Romeu amava mesmo a Julieta, ou foi apenas uma paixão louca aumentada pela divergência familiar. Jovens que saem de casa fogem e se arriscam pelo mundo buscando a realização de um possível amor. A infantilidade é característica desse grupo, que sofre por relações cuja durabilidade é a mesma das flores. No cinema o filme “Amor Sublime Amor”, conta a linda história de Maria e Tony e a diferença cultural que os separa. A tragédia relembra Shakespeare e o maior dos amores literários.
Na maturidade o amor surge como uma relação mais planejada. Ele cumpre alguns estágios. Planos são feitos e experiências realizadas antes de se tomar uma atitude mais radical, a união ou casamento. Mesmo, com a durabilidade em baixa, esses amores são mais estáveis. Há o período de paixão, desejos ardentes e juras de eternidade.
A literatura, teatro, novelas e cinemas contam essas histórias. Quantas lágrimas derramamos no escurinho dos cinemas, ao acompanharmos a luta dos casais para ficarem juntos.
“Amar é jamais ter que pedir perdão” é uma célebre frase do filme “Uma história de Amor”. Quantos olhos marejados diante de tanto sofrimento dos  personagens desse lindo romance.
Porém, o amor após os sessenta anos é pouco abordado de forma séria, bonita e emocionante. Na novela “Vida da Gente” os autores estão nos presenteando com a relação de Iná e Laudelino. Duas pessoas lindas, apaixonadas deixando claro que mesmo após uma longa vida, amar com todos os “ingredientes” das demais idades, é possível e pode ser vivido plenamente. Há tempos que não se escrevia e se descrevia uma relação assim. Os atores Nicete Bruno e Stênio Garcia, formam um par daqueles que não há como negar: foram feitos um para o outro. Duas pessoas lúcidas, dignas, que trabalham e vivem sem abandonar nenhum aspecto de uma vida saudável. São responsáveis, alegres e companheiros. Como todo casal de apaixonados, possuem  segredos, códigos e rituais. Nicete e Stênio, extraordinários atores, vivem seus personagens com tanta delicadeza, que não há como esconder as lágrimas
Linda novela, que entrelaça diferentes momentos de amor. Vários casais. Vários pares. Vários sentimentos. Várias idades. Porém, Iná e Laudelino, são especiais!
Obrigado a Lícia Manzo e Marcos Bernstein por nos encantar com história tão linda!
Edison Borba

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