sábado, 8 de outubro de 2011

ODE AO AMIGO MORTO

Deitado em teu caixão dormes como um anjo
Solitário estou  agora que partiste

De tua boca um sorriso escorre
Dos meus olhos  lágrimas deslizam
No meu soluço imenso guardo o nosso amor eterno
Em tua palidez tranqüila ignoras  minha presença

Descansado estás, indiferente a minha dor
A tua paz contrasta com o meu pavor

Flores desbotadas enfeitam teu corpo
Um perfume mórbido invade a minha alma
Vais partir para a viagem eterna
Sem te importares em me deixar sozinho

Abandonado num jardim sem flores
Estou chorando amargurado e triste
Teu silêncio me tortura me fere e agonia
Indiferente à minha dor, dormes tranquilamente
Estou imerso no mundo das sombras
Sob as névoas que me cercam não é você que morre

Sou eu que me sepulto abandonando a vida.
Edison Borba



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