domingo, 22 de março de 2015

A INQUIETUDE HUMANA

O genoma da espécie humana possui genes que conferem a cada ser, individualmente, a necessidade de explorar, buscar, conhecer, mergulhar em profundezas oceânicas para satisfazer a sua curiosidade. É, a partir desta inquietude que os cientistas trabalham  na busca infinita de conhecimentos.
Porém, existe algo que permanece inexplicável: a essência de tudo que existe em nosso planeta. Este, será sempre um grande mistério a ser desvendado.
A cada nova descoberta, invenção ou criação percebe-se que ainda há muito o que estudar. A ciência trabalha  na busca do maior segredo que nos envolve: nossa origem!
Os estudiosos  buscam as chaves que poderão abrir o baú misterioso da vida. Do vírus ao homem, existem  dúvidas  que causam a inquietude humana.
Vivemos num planeta maravilhoso, que possui belezas e riquezas que sequer foram desvendadas. O próprio corpo humano tem um funcionamento, que também guarda mistérios perturbadores.
Como a natureza consegue construir com tanta perfeição a máquina humana.  Células, tecidos, órgãos e tudo que forma o corpo humano, trabalhando em perfeita sintonia.
Como pensamos? Como os sentimentos são produzidos? São apenas algumas questões que teimam em brincar com a curiosidade do homem.
Substâncias orgânicas são cada vez mais responsabilizadas por nossas reações: amor, ódio, alegria, tristeza e outros sentimentos são de natureza bioquímica, que se manifestam em relação ao meio em que vivemos: a natureza e o ambiente social.
Porém, existe uma reação humana, que parece existir incondicionalmente em todos, a fé. Esta condição é a responsável pela manutenção e evolução da espécie humana.
Como caracterizar este sentimento? Como defini-lo? É preciso estar ligado a uma religião para que ele se manifeste? Em que fase da nossa vida conseguimos percebê-lo? Mesmo para os que se rotulam como ateus, esta sensação também existe.
Todos nós humanos temos a necessidade de acreditar em algo, em alguma coisa que nos ajude a seguir adiante, a lutar por ideais e ideias e não perder a esperança de que vale a pena viver. Sem fé corremos o risco de perder a essência da vida.
É o sentimento de fé que nos estimula a não desistir das conquistas, nos leva a buscar o novo. É pela fé que conseguimos ter “a espera consciente”!
Algumas vezes, agimos levados por uma falsa independência, mas inconscientemente somos movidos pela fé em algo ou em alguém, que faz alavancar nossas forças para a ação.
Nesta reflexão surge uma questão complexa e inexplicável. Não há discussões que possam resolver a  existência de um ser supremo, para o qual canalizamos as nossas forças (nossa fé),  que chamamos Deus, Jeová, Alá, Oxalá ou outra denominação qualquer.
Mas que é esta força? Onde ela se encontra? Como fazer contato?
Os textos sagrados, afirmam que Ele (a força) é onipresente, está em todos os lugares. Sendo assim  está em nós, isto é, dentro de nós, compondo a nossa essência, sendo uma experiência única e pessoal para cada ser humano.
A grande dificuldade é que, cremos mais no que é material e não valorizamos o invisível, isto é, o espiritual, que também é real. Vivemos a cultura do acumular bens provenientes do meio e não exercitamos a busca do nosso meio interior.
A dificuldade de estabelecermos esta relação, é que nos torna inquietos, buscando algo que já está em nós. Está em cada célula do nosso corpo. Está em nossas emoções e quando nos damos conta de sua existência, a nossa vida se transforma, torna-se prazerosa, amena, tranquila e a sensação que chamamos felicidade, passa ser uma constante, surgindo o prazer de viver.
É a presença desta Força em nós, que alimenta a nossa fé!
Existe um momento em que a Ciência não consegue explicar a origem de um determinado fato. É nesta hora que o inexplicável se explica por si mesmo. O irreal se torna real, e o mais incrédulo tem que admitir que algo maior que nós, agiu em nós.
Se a humanidade, conseguisse perceber a beleza desta situação, a inquietude humana se aplacaria e o nosso planeta se transformaria num lugar de amor e paz.
Edison Borba

Nenhum comentário:

Postar um comentário