quarta-feira, 18 de março de 2015

RAPOSAS NO GALINHEIRO

O prato preferido das raposas é sem dúvida as “penosas”, também conhecidas como galinhas. Diversas histórias e até fábulas narram esta deliciosa (para as raposas) relação afetiva. Deixar uma raposa cuidando de um galinheiro é correr o risco de encontrar o lar das galináceas completamente vazio e as raposas de barriga cheia.
Assim, será a comissão que cuidará da aplicação das regras que irá controlar a corrupção no Brasil. Diante da pressão feita pelo povo no dia 15 de março passado, a Senhora Presidente e seus conselheiros organizaram rapidamente um código de ética para tentar conter a onda de corrupção que assola o País.
Porém, a Comissão que irá atuar na aplicação das regras tem mais raposas do que galinhas, e pela lógica da fábula, só restarão os peludos animais.
Seria cômico se não fosse sério. Realmente rimos num primeiro momento, depois choramos de indignação diante do ridículo que irá se tornar a aplicação das regras. Diante desta situação, assim é se lhe parece, isto é, vamos fingir que tudo irá funcionar adequadamente e engolir mais uma triste falcatrua e deixar o rio correr.
Enquanto isso na distribuição da verba governamental, o maior pedaço do bolo ficou com os políticos. Para eles croissant e para o povo pão amanhecido. A História nos faz lembrar a Senhora Maria Antonieta, uma francesa que parece ter renascido no Brasil.
E a vida segue normalmente na República das Bananas, com muita chuva em alguns estados da região norte cobertos pelas águas de março, afogando diversas cidades. No Rio de Janeiro, as balas perdidas continuam matando adultos e crianças. Em São Paulo chuvas e seca incomodam os moradores do maior estado desta Nação, criando um contraponto estranho: morte por afogamento durante a secura da natureza. 
Caminhoneiros fizeram greve, garis fazem greve, hospitais continuam lotados e pacientes morrendo nas filas. O mosquito da dengue voltou a atacar e até o da malária faz estágio no sudeste.
Na Pátria Educadora, estudantes de várias cidades ainda não iniciaram o ano letivo de 2015, porque o ano de 2014 ainda não acabou e também existem os que não voltaram as aulas por falta de condições nos prédios escolares. Os sem teto fazem passeatas e bloqueiam estradas e assim gradativamente acompanhamos o Brasil iniciar mais um ano, preparando-se para as Olimpíadas de 2016, que sem dúvida renderá muitas medalhas EM ouro para políticos e empresários, que já estão garantindo lugar mais alto no pódio da corrupção.
Palmas para eles que eles merecem!
Salve o Senhor Chacrinha, que veio para confundir e não para explicar!
Edison Borba

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