quarta-feira, 18 de março de 2015

UM MENINO EM FÚRIA!

Circula pela redes sociais e internet uma cena emocionante, chocante e apavorante, que aconteceu no Rio de Janeiro, neste fatídico mês de março de 2015. Um menino de apenas seis anos, sendo contido por dois policias militares. O garoto visivelmente transtornado se agita e tenta livrar-se dos policiais, que demonstram não entender o que está acontecendo.
A criança tenta se soltar, gritando palavrões e chorando convulsivamente reage à “prisão”. Em torno dele e dos soldados, uma multidão assiste ao triste espetáculo, inerte diante de cena tão dantesca.
Um brasileirinho, usando uniforme de escola pública, que deveria estar numa sala de aula, ou num campinho de futebol correndo atrás de bola, ou empinando uma pipa, sendo apenas um menino, tendo que ser tratado como um meliante qualquer.
Cenas semelhantes a essa acontece em várias cidades brasileiras, variando apenas os personagens e o tipo de reação, mas o enredo segue o mesmo roteiro na Pátria Educadora.
Este menino em fúria, é apenas um exemplo do perigo que ronda as nossas crianças: drogas, violência e sexo invadem o território infantil, tomando espaço cada vez mais.
Provavelmente, este menino estava respondendo às agressões impostas a ele pela nossa sociedade. Diariamente crianças brasileiras são aviltadas, violentadas, desrespeitadas em lares, escolas e abrigos. Lugares que deveriam acolher, amar, abrigar e educar servem apenas para transformar crianças em deliquentes.
Não é novidade para os brasileiros que o nosso sistema educacional, há anos vem dando sinais de falência, que se retrata na cena do menino em fúria.
Naquele momento, a nação verde amarelo, ficou diante de uma trágica e constrangedora verdade: qual será o destino deste garoto e de outros meninos e meninas que também estão em fúria.
Enquanto isso, em Brasília, políticos discutem, gritam, esbravejam, dando tapas no vento e tratando de aumentar os seus proventos.
Este menino, talvez seja o símbolo do abandono das crianças brasileiras. Um descaso que se arasta há séculos, passando por vários governos e muitas promessas.
A esta hora, o menino em fúria, já deve ter sido acalmado. De alguma forma, ele se tranquilizou. Uma calma momentânea, que irá durar apenas o tempo do efeito dos tranquilizantes que ele tomou. Pobre menino, pobre!
Edison Borba

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