terça-feira, 17 de março de 2015

CELULAR – O QUE FAZER?

Fui obrigado a interromper uma palestra sobre educação e tecnologia, após o toque do quarto celular se fazer ouvir. Uma situação constrangedora que nunca imaginei ter que enfrentar, porém, achei mais elegante afastar-me do auditório, que enfrentar uma plateia com algumas pessoas não educadas.

Há poucos dias um empresário, em uma entrevista dada a um telejornal, informou que demitiu várias funcionárias pelo uso indevido do celular em horário de expediente. Ele explicou que as servidoras brincavam / usavam aplicativos deixando clientes esperando atendimento.

Passageiros reclamam dos motoristas que usam celular enquanto transportam diversos passageiros em seu coletivo. O número de acidentes envolvendo uso do celular enquanto o  veículo é dirigido, aumenta diariamente.

Nos bancos, o uso deste irritante aparelhinho continua sendo usado sem nenhuma restrição, é só colocar no vibrador, ou então fingir que está brincando com algum jogo ou lendo mensagens. Enquanto isso os crimes de saidinha de banco acontecem diariamente.

Professores interrompem aulas pelo uso de celulares durante suas explicações, e quando tentam intervir, são reprimidos até pelos responsáveis de seus alunos. Infelizmente, também existem casos em que o mestre recebe ligação durante a sua atividade aula.

É comum ficarmos esperando enquanto funcionários, vendedores, atendentes entre outros funcionários brincam ou recebem ligações (demoradas) e até médicos interrompem consultas. A loucura se espalhou como praga numa epidemia. Ouve-se o maldito toque de celulares em missas, enterros, batizados, cultos religiosos, sessões espiritas, na hora do parabéns em aniversários, no silêncio das bibliotecas, no escurinho dos cinemas e em outros lugares e situações as mais inusitadas.

Celular, o que fazer?

Amigos, companheiros e colegas de trabalho ser reúnem para o tradicional chopinho de sexta-feira, mas o que acontece é que a maioria se isola e passa a noite com o seu celular.

Namorados perdem horas, cada um trocando juras de amor; com quem? O celular!

Reuniões familiares, ceias de Natal e também no réveillon, os celulares são mais importantes do que as pessoas, os presentes e a reunião humana.

Celular, o que fazer?

Regras! Acredito que faltem regras!

Amigos se reúnem para um happy hour devem combinar = quem usar o celular, paga a conta!

Família = celulares (todos) desligados na hora das refeições!

Escolas = estabelecer em regimento interno, organizado entre funcionários, professores, diretoria, responsáveis e representantes dos alunos e organizar um documento determinando como e quando usar essa terrível criatura.

Nos teatros e cinemas os avisos já são feitos, porém tem que se estabelecer uma forma de punir os que teimam em não desligar seus celulares.

Para finalizar, uma grande e particular amiga confidenciou-me que durante uma quase feliz noitada em motel, com um galão de boa pegada, teve seu momento de amor interrompido, pelo toque do celular de seu príncipe que virou um sapo ao atender seu celular.

Que é isso companheiro!

Edison Borba

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