segunda-feira, 29 de agosto de 2011

AMY JADE WINEHOUSE

Em 14 de setembro de 1983, nascia em Londres, uma menina, que cresceria doce como vinho (wine) e se transformaria numa brilhante cantora e compositora. No palco era luz verde de esperança (jade). Em seu pouco tempo de vida, transmitiu alegria, felicidade gerando ao seu redor uma aura de fraternidade e amizade (amity). A garota  se transformou em mulher, sensível, capaz de escrever  poesias e envolvê-las em lindas melodias, como papel celofane que embrulha saborosos bombons. Logo, uma multidão passou a amá-la e a querer levá-la para suas casas (house). E ela cantava e encantava. E ela dançava e voava como pássaro pulando de flor em flor colhendo néctar para depois nos deliciar com suas composições. Apesar de exibir atitudes fortes, era frágil como cristal. Tímida buscou no brilho falso do pó, condições de enfrentar um mundo cruel, para o qual não estava preparada. Rosto pintado, cabelo planejado e atitudes programadas escondiam uma criança que o mundo não soube amar. Pedimos muito, exigimos demais, cobramos além de suas forças. Mas, menina obediente, cantava e dançava só para nos alegrar. Escrevia, rimava, musicava para agradar seus fãs. Obrigado Amy por nas acalentar com suas músicas. Desculpe por não percebermos que era você que deveria estar sendo adormecida em nossos braços. Doce vinho (wine) te bebemos  até a última gota. Mas ainda existe em nossos lábios o doce sabor dos seus sons. Em nossos lares (house) ouvimos sua voz e seu rosto está nos espelhos  dos camarins dos teatros. Pedra verde (jade) seu brilho é inconfundível. Nossas florestas, não deixarão que esqueçamos você. Esperança verde esperança de um dia voltar a vê-la. Perdão Amy! Perdoe-nos, que por amá-la tanto não percebemos que para tê-la precisávamos protegê-la. Quem sabe numa linda caixa forrada de cetim, com lindas almofadas e música suave. Deixar você descansar, dormir, relaxar. Desculpe menina, pela falta de sensibilidade e fotos indiscretas. Pelas perguntas e entrevistas maldosas. Pela falsa piedade. Sabemos que agora você está tranqüila e repousa sobre as nuvens, acalentada pelos anjos, que cantam baixinho as suas lindas melodias.

 Amizade Pedra Verde Vinho Casa – Amy Jade Wine house.
Edison Borba

Um comentário:

  1. Ottávio BEnto (FECTi)3 de outubro de 2011 às 11:51

    Sinceramente, achei emocionante o texto, Amy é um exemplo de que a sociedade pede demais dos artistas, e pedem o que eles não podem dar.

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