quarta-feira, 24 de agosto de 2011

PERDI O CONTROLE

 A pior coisa que pode acontecer com uma pessoa é perder o controle. Imagine estar assistindo a um filme de suspense na televisão, e aproveitando o intervalo comercial, você muda de canal,   ao  voltar para a sala, o controle desaparece. Será que caiu entre as almofadas do sofá, ou ficou sobre a mesa da cozinha? Após  muito procurar, você acha o precioso objeto e quando consegue acessá-lo, o mistério já foi solucionado. Nesse momento, você que achou o controle  da TV, perde o seu controle. Perder o controle é algo sério na vida de qualquer mortal, podendo em certos casos, até ser mortal. Quando dirigimos um veículo, não podemos perder o controle. Vai dirigir, não beba! A bebida facilita a perda dos controles emocionais, físicos, visuais e auditivos. Perde-se a noção da velocidade, a visão fica embaçada reduzindo a visibilidade,  ficando muito mais difícil ouvir qualquer sinal de alerta. Resultado: acidente! Culpado: a perda do controle!  Quando estamos em uma discussão  o importante é manter a calma,  ficar em equilíbrio para não perder o controle. Se isso acontecer, perdemos a razão, perdemos a questão, perdemos amigos porque perdemos o controle. Yoga, meditação, recitar mantras são caminhos indicados para a manutenção do nosso controle. Mães e pais de adolescentes vivem a beira do descontrole. Mas, os casais que acabaram de chegar da maternidade, com um recém nascido no colo que não para de chorar, também ficam à beira de perder o controle. Sogras mandonas, cunhados preguiçosos, vizinhos barulhentos, pessoas abusadas, telefonemas na madrugada, “musiquinha” de telemarketing e os cidadãos indiscretos são alguns personagens diretamente ligados à perda de controle. Lidar com eles exige habilidade. É preciso ter cuidado para não buscarmos no “tarja preta” uma forma de suportar a relação  com tais indivíduos. Ao cruzar com algum deles, cuidado para não perder o controle. Chegar atrasado para um espetáculo, ingresso caro nas mãos, vestindo aquela roupa novinha, comprada especialmente para  ocasião, só porque ficou preso no engarrafamento; faz um monge sair do mosteiro, se jogar no abismo por total descontrole. Perder o último metro, ficar horas numa fila, esquecer a senha de um dos milhares de cartões que carregamos na carteira, mexe com os nossos controles. Seria muito bom, se tivéssemos botões, tipo liga desliga, acende apaga para usarmos nas horas em que estivéssemos a beira de perder o controle. Ler um texto que por descontrole do autor,  a mesma palavra foi repetida descontroladamente, faz o leitor perder o controle. Não é possível manter o controle diante de algo assim! Que estresse! Atenção! Muita atenção: fica proibido culpar a perda do controle, quando colocamos em risco a segurança, a vida e o equilíbrio de alguém, da sociedade e da natureza, usando como desculpa: - perdi o controle!

Edison Borba

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