sábado, 6 de agosto de 2011

A PREGUIÇA

Os seres humanos,  possuem em sua essência, condições comportamentais encontradas em todos os povos, de todos os continentes variando apenas conforme a vida de cada um. Atualmente considerados  vícios,  são freqüentemente usados na educação emocional. Como  controlar sua gula, ira e preguiça? Ter ou não inveja? E a luxúria e  vaidade, como lidar com esses sentimentos? Ser econômico é o mesmo que ser avarento? Tudo isso faz parte do pacote de discussões de psicólogos, psiquiatras e educadores. Entre esses sete “estilos” a preguiça foi eleita como a  mãe de todos. Como a voz do povo é a voz de Deus, ficamos com a dúvida: qual o motivo que levou a essa escolha? Haverá mesmo uma fundamentação para tal  observação? A preguiça é reconhecida pela negligência e aversão às atividades, geralmente cumpridas pela sociedade sem maiores questionamentos. É uma  atitude física e mental, que leva o seu portador a negligenciar os atos de fazer e de aprender. O preguiçoso é um repetidor de “deixa pra lá” e “não vai adiantar fazer nada” entre outras formas de adiar soluções para os problemas do dia-a-dia. O mandrião vive buscando desculpas que justifiquem a sua negligência e indolência. Em  todo o mundo, encontramos citações sobre a mãe dos sete pecados. Vejamos algumas: O chinês Confúcio, afirmou: -“A preguiça anda tão devagar que a pobreza facilmente a alcança”. Para o francês Jules Renard, -“Preguiça não é nada mais do que o hábito de descansar antes de ficar cansado”. O inglês B. Willians sofisticou o tema: -“Eu gosto da palavra indolência. Faz minha preguiça parecer refinada”. Na Espanha, existe um provérbio muito sábio, que diz: -“O bom é não fazer nada e descansar depois”. Deixando de lado todos os conceitos e preconceitos, o bom mesmo é pegar um violão, deitar na rede e cantarolar “TARDE EM ITAPOÔ, de Toquinho e Vinicius, sentindo preguiça no corpo e saboreando uma gostosa água de coco. Cante, solte a voz, deixe o coração falar. Tá com preguiça até de cantar, então ouça o CD e relaxe!
Um velho calção de banho.O dia pra vadiar. Um mar que não tem tamanho. E um arco-iris no ar. Depois na praça Caymmi.
Sentir preguiça no corpo. E numa esteira de vime. Beber  uma água de coco. É bom. Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã. Ouvindo o mar de Itapuã. Falar de amor em Itapuã. Enquanto o mar inaugura Um verde novinho em folha. Argumentar com doçura.Com uma cachaça de rolha .E com o olhar esquecido No encontro de céu e mar.Bem devagar ir sentindo.A terra toda a rodar. É bom Passar uma tarde em Itapuã. Ao sol que arde em Itapuã. Ouvindo o mar de Itapuã. Falar de amor em Itapuã.  Depois sentir o arrepio. Do vento que a noite traz. E o diz-que-diz-que macio. Que brota dos coqueirais.E nos espaços serenos .Sem ontem nem amanhã. Dormir nos braços morenos. Da lua de Itapuã. É bom Passar uma tarde em Itapuã. Ao sol que arde em Itapuã. Ouvindo o mar de Itapuã. Falar de amor em Itapuã.    

Edison Borba                         


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