domingo, 21 de agosto de 2011

GERAÇÃO BOLA DE OURO

Muito bom assistirmos os jogos da seleção Sub-20. Uma garotada correndo sobre o gramado verdinho cheios de alegria pelo prazer de jogar. Ainda longe, bem longe, dos grandes salários, do assédio das aspirantes a namoradas famosas e do irresistível glamour da imprensa. Meninos, por favor, não cresçam. Como Peter Pan, continue voando nos campos, brincando com a bola. Lindo ver a juventude sadia dos países irmãos Brasil e Portugal, jogando sério, mas sem envolvimentos com a deselegância das seleções masters. No solo colombiano, foi possível acompanhar rapazes do mundo da bola. Seria muito bom se em todo o planeta só existisse a geração bola de ouro, formada pelos que não andam bolados e contaminados pelas bolinhas do falso prazer. Lindo, cinco gols, pelota rolando de pé em pé, cabeçadas, defesas, quedas, esbarrões e os garotos lusos-brasileiros enchendo nossos corações de muita felicidade. Oscar, Henrique, Mika, Philippe Coutinho, Dudu, Nelson Oliveira, Gabriel e todos os demais componentes de uma imensa equipe Brasil-Portugal. Prêmios distribuídos, bolas de ouro,  prata e bronze além de outros, o que vimos foram jovens oriundos de diversos países de vários continentes apresentando um futebol ainda sem contaminações políticas.  Emocionante acompanhar a seleção da Nigéria, conquistando o prêmio “Fair Play” com um excelente ataque, e por ser considerada a equipe que jogou com muita lealdade, levando apenas três cartões amarelos em cinco partidas. Os garotos africanos deram um belo exemplo de que podemos jogar bem sem precisarmos usar de violência. Parabéns! Grande abraço para o  Mika, que poderia ser chamado de homem elástico. Estica, espalma, agarra, abraça a bola com força e carinho de um grande goleiro. Sorriso tímido divide seus méritos com toda a equipe portuguesa. Felicidade também para os amigos mexicanos, com o terceiro lugar, mostraram a garra de seu futebol e mais que tudo, são um grande exemplo para a juventude de seu País.
Terminada a festa, percebemos que o maior mérito não está nas classificações: Brasil campeão, Portugal em segundo e o México em terceiro. O que vale  não é a posição na tabela, em que lugar ficou a França, Egito, Guatemala, Áustria, Croácia, Argentina, Camarões e todas as demais equipes que correram em campo, cantaram seus hinos, honraram suas Pátrias, suaram camisas com as cores de suas bandeiras. O importante é sonharmos com o mundo pautado no respeito ético, religioso, político e financeiro. A grande vencedora, a ganhadora do troféu, chama-se PAZ!
Edison Borba


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