quinta-feira, 18 de agosto de 2011

PARQUE DOS HORRORES

Carrossel, pipoca, famílias, algodão doce, crianças e roda gigante. Refrigerantes, gargalhadas, balanços e  bichinhos de pelúcia. Barraquinhas, música e muita fantasia são ingredientes para o mundo mágico de um parque de diversões. Domingos, feriados e férias são  ideais para  rir e brincar nesses espaços. Os parques de diversão, ainda são lugares procurados para adultos recordarem a infância, namorados  heróis que no túnel escuro se transformam em super homens, crianças correrem livres na busca de emoções, casais apaixonados passearem de mãos dadas comendo maçã do amor. Tudo é sinônimo de felicidade.  Os anos passam, o mundo se moderniza, mas o seu encantamento não desaparece. Enquanto houver crianças, casais enamorados e vontade de ser  feliz, eles existirão em todos os lugares do mundo. Usados pelo cinema em lindos musicais, como No Tempo da Brilhantina, ou como parte do mundo do circo no Maior Espetáculo da Terra; os parques, grandes, como a Disneyworld ou pequenos e pobres que ainda encontramos nas pequenas cidades, são produtores de magia. Ambientes ideais para os apaixonados iniciarem romances. Esses lugares também já foram usados para cenas de mistério e horror. Quem não se lembra de uma roda gigante balançando, com os ocupantes em perigo de vida? Montanhas russas desgovernadas prestes a saltar dos trilhos? Assassinatos? Bandidos mascarados seqüestrando crianças? Terroristas explodindo  bombas enquanto a multidão apavorada corre sem rumo? O cinema soube usar a tragédia para fazer contraponto com a felicidade, maculando o mundo encantado, do reino da fantasia. Mas cinema é cinema. Ficção é ficção. Realidade é realidade. Neste mês de agosto, a vida imitou a arte. No estado do Rio de janeiro, no Brasil, dois jovens perderam suas vidas num parque de diversões. Um  casal de adolescentes buscando diversão foram as vítimas. Tornaram-se personagens fatais de um filme de terror. Os bandidos: o engenheiro - assinou  laudo permitindo que brinquedos velhos e enferrujados fossem usados, em troca de alguns míseros reais. Os donos do parque – ambiciosos,  na fome financeira devoraram vidas. Além de toda a máfia que controla o setor de divertimentos. Bares que vendem bebidas alcoólicas para menores. Traficantes que usam crianças para o seu comércio sujo. E todos os que giram os carrosséis da corrupção nos parques dos horrores que tiram a vida dos nossos jovens.

Edison Borba    

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