terça-feira, 2 de agosto de 2011

DÚVIDAS E DÍVIDAS

Estou vivendo um momento de grande preocupação e medo. Nos Estados Unidos acontece uma crise que poderá atingir o meu “magro” salário. Eu,  simples brasileiro apavorado com os problemas do Tio Sam. Além de ter que me proteger das balas perdidas e bueiros voadores, estou de olho grudado nos noticiários acompanhando a briga entre republicanos e democratas. E agora Obama? Como fica a nossa dívida? Na Europa países sofrem com problemas financeiros e o meu olhar pedinte se volta para o oriente. Estou confuso. Ouvi a notícia do aumento dos pedágios, mas eu não tenho carro. E a China cresce assustadoramente e  nem sei falar mandarim. Gastei tanto em cursinhos de inglês!
O preço da pizza também sofreu mudanças para mais. Não sei viver sem elas, massudas, gordurosas, calabreza, napoliana ou quatro queijos. Meu mundo está desmoronando!
Falam em plano de emergência para evitar uma paralisia nas finanças e um possível calote americano. Tenho que me preocupar  com a bolsa de valores. Há boatos que fechou em baixa. O real passou o dólar? Essa dúvida está me consumindo. “Euzinho” que nunca tive muitos valores para colocar no bolso. Rezo muito para que os nossos vizinhos consigam arrumar a casa, pagar dívidas e me devolver à paz. Vamos torcer pelo “cara”!
A crise está se espalhando pelo mundo. O que faço com meus poucos reais? Poupança, papéis ou títulos? Mas como aplicar se o mês continua  quando meu salário já acabou. Cheque especial e cartões.  Débito ou crédito? Já ultrapassei meus limites! Ainda tenho as prestações que pago através dos boletos. Mas isso não é nada; as minhas preocupações estão lá na América do Norte. O que será do Obama? O que será da minha economia sem o barato do Barack? Os economistas falam em articulações. As minhas estão em péssimo estado. Meu joelho “estala” e minhas juntas não estão “ajustadas”. Penso em estreitar meus laços com uns chineses donos de loja no shopping. Sempre leio em revistas de economia que o importante é estreitar os laços. Como já estou com a corda no pescoço, fica mais fácil esse estreitamento. Espero conseguir chegar ao fim do mês fora do vermelho. Estou preocupado com o Obama, e com os problemas que colocam em risco o seu mandato. Em meus pesadelos estou sentado sobre uma montanha de cartões de débito. Tenho dívidas e dúvidas. Meu salário, vive em eterno namoro com a Tropa de Elite - "pede pra sair - pede pra sair". Soube que o Banco Central fez leilão e por isso o dólar subiu meio por cento. Queria ser um marajá. Acho que isso é bom! Minha avó, em sua sabedoria, afirmou: - estamos numa grande sinuca de bico!

Edison Borba - Professor / Coordenador Pedagógico do PINCE

Um comentário:

  1. Muito bom!! Pala as bem colocadas em uma situação mal explicada

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