sábado, 2 de abril de 2016

FEBRE DE PAIXÕES.


O ódio que sinto por ti, não é paixão enlouquecida
É amor enraivecido, é vontade de ter o fruto que ainda não pude colher.
É primavera sem flores, por não ter você entre os amores
Que já tive, tenho e ainda vou ter!
Não me ignores em sua vida, pois sei que também sentes
Vontade de provar do mel, que na minha boca está
Que finges não perceber por medo da tentação.
Receias enfrentar com certeza, aparentando frieza
Pois quando provares o licor e sentires o sabor lambuzando-se do meu mel ...
Mergulharás em selva escura, de onde não encontrarás saída.
Andarás em labirinto, perdidamente perdida, embriagada pelo néctar
Que impregnará sua vida e nunca esquecerás, não duvides ...
O que parecia efêmero, poderá ser eterno e eternamente impossível
De ser descartado, eu sei ...
Por isso, aparentas ter ódio, por saber ser verdade cruel
Porque eu provo da mesma ansiedade, do mesmo fel e desejo ...
Somos inimigos mortais, somos seres antagônicos
Vivendo em agonia, de um encontro que poderá ser fatal
Que poderá ser mortal para os dois, numa explosão de paixões
Uma luta será travada sem vencido ou vencedor
Morreremos juntos e abraçados como inimigos amigos
Explodiremos em êxtase, descontrolados e ardentes
Numa febre intermitente, que fará nossos corpos arder
Numa grande fogueira de extasiante prazer!
Edison Borba
 
 
 
 
 

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