sábado, 9 de abril de 2016

FEBRE DE PAIXÕES.


O ódio que sinto por ti, não é paixão enlouquecida,

                                                        é amor enraivecido

É vontade de ter o fruto que ainda não pude colher.

É primavera sem flores, por não tê-la entre os amores

                                  que já tive, tenho e ainda vou ter!

Não me ignores em sua vida, pois sei que também sentes

            vontade de provar do mel, que na minha boca está

Finges não perceber por medo da tentação.

Receias enfrentar com certeza, aparentando frieza pois

                       quando provares o licor e

                       sentires o sabor lambuzando-se

                       do meu mel ... jamais irás me esquecer!

Mergulharás em selva escura, de onde não encontrarás saída.

Andarás em labirinto, perdidamente perdida, embriagada pelo néctar

                          que impregnará tua vida, não duvides ... não duvides ...

O que parece ser efêmero, poderá ser eterno e eternamente impossível

                          de ser descartado, eu sei ... tu sabes ... nós dois sabemos!

Por isso, aparentas ter ódio, por perceberes a cruel verdade

Porque eu provo da mesma ansiedade, do mesmo fel e desejo ...

Somos inimigos mortais, somos seres antagônicos

Vivendo em agonia, de um encontro fatal, que poderá ser mortal

                                              para nós dois,

                                              numa explosão de paixões!

Uma luta será travada sem vencido ou vencedor

Morreremos juntos abraçados, como inimigos amigos

Explodiremos em êxtase, descontrolados e ardentes

Numa febre intermitente, que fará nossos corpos arder

Numa grande fogueira de extasiante prazer!

Edison Borba

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