Enquanto o povo brasileiro continua se
manifestando e lutando pela restauração de um país mais democrático.
Enquanto estudantes e trabalhadores
ocupam espaços públicos para chamarem a atenção do mundo pelos desmandos
acontecidos em terras brasileiras.
Enquanto blocos de concreto caem na
cabeça de trabalhadores e outros morrem em estações de trem, por um péssimo
atendimento dos meios de locomoção.
Enquanto o povo canta hinos, empunha
bandeiras e pinta os rostos representando indignação pelo longo tempo de desgoverno.
Enquanto tudo isso acontece, políticos
usam aeronaves oficiais para cruzarem o céu do Brasil e participarem de Jogos
da Copa das Confederações e de festas
particulares.
Aviões lotados com parlamentares, seus
familiares e amigos voam como passarinhos numa orgia financeira, onde o
dinheiro público é queimado em forma de combustível e mordomias. Essas atitudes
deixam claro o desrespeito e a certeza de que a impunidade continuará a existir
em terras brasileiras.
Infelizmente, tudo leva a crer, que à
medida que o povo voltar às suas rotinas, e com o início da copa brasileira de
futebol, ninguém vai se lembrar dos movimentos democráticos, que ficarão apenas
nas páginas de velhos jornais, que embrulharão peixes nas feiras e mercados.
O desrespeito está enraizado e faz parte
da cultura política nacional. É como uma herança genética que passa de pai para
filho. Como erva daninha crescendo em todos os lugares e que é difícil ser extirpada.
Neste momento, alguns políticos estão se
reunindo em plena sexta-feira, para apagar o fogo, numa tentativa de remendar o
que está rasgado. Porém, não podemos esquecer que as eleições estão próximas e
o medo de não se reelegerem deve estar tirando o sono daqueles que vivem
parasitando o país.
E para piorar a situação, enquanto
alguns voam pelos céus do Brasil, outros são apanhados com seus automóveis
abastecidos de reais.
O Brasil está nas alturas e nas
estradas, e onde houver motivo para
rapinar o dinheiro público, alguns políticos não perdem tempo para tirar proveito.
Enquanto isso existe a proposta para um
plebiscito. Talvez, a nossa presidente ainda não tenha percebido que existe
apenas duas palavras a serem colocadas
nas cédulas: ÉTICA e MORAL.
Edison Borba
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