sexta-feira, 5 de julho de 2013

BRASIL NAS ALTURAS

           Enquanto o povo brasileiro continua se manifestando e lutando pela restauração de um país mais democrático.
Enquanto estudantes e trabalhadores ocupam espaços públicos para chamarem a atenção do mundo pelos desmandos acontecidos em terras brasileiras.
Enquanto blocos de concreto caem na cabeça de trabalhadores e outros morrem em estações de trem, por um péssimo atendimento dos meios de locomoção.
Enquanto o povo canta hinos, empunha bandeiras e pinta os rostos representando indignação pelo longo tempo de desgoverno.
Enquanto tudo isso acontece, políticos usam aeronaves oficiais para cruzarem o céu do Brasil e participarem de Jogos da Copa das Confederações e  de festas particulares. 
Aviões lotados com parlamentares, seus familiares e amigos voam como passarinhos numa orgia financeira, onde o dinheiro público é queimado em forma de combustível e mordomias. Essas atitudes deixam claro o desrespeito e a certeza de que a impunidade continuará a existir em terras brasileiras.
Infelizmente, tudo leva a crer, que à medida que o povo voltar às suas rotinas, e com o início da copa brasileira de futebol, ninguém vai se lembrar dos movimentos democráticos, que ficarão apenas nas páginas de velhos jornais, que embrulharão peixes nas feiras e mercados.
O desrespeito está enraizado e faz parte da cultura política nacional. É como uma herança genética que passa de pai para filho. Como erva daninha crescendo em todos os lugares e que é  difícil  ser extirpada.
Neste momento, alguns políticos estão se reunindo em plena sexta-feira, para apagar o fogo, numa tentativa de remendar o que está rasgado. Porém, não podemos esquecer que as eleições estão próximas e o medo de não se reelegerem deve estar tirando o sono daqueles que vivem parasitando o país.
E para piorar a situação, enquanto alguns voam pelos céus do Brasil, outros são apanhados com seus automóveis abastecidos de reais.
O Brasil está nas alturas e nas estradas,  e onde houver motivo para rapinar o dinheiro público, alguns políticos não perdem tempo para tirar proveito.
Enquanto isso existe a proposta para um plebiscito. Talvez, a nossa presidente ainda não tenha percebido que existe apenas duas palavras a serem  colocadas nas cédulas:  ÉTICA e MORAL.
Edison Borba

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