Enquanto nascia no Inglaterra o novo herdeiro do
trono inglês, aqui no Brasil o rei da sanfona, deixava seus fãs de luto. Um príncipe que ainda não tem nome e um rei
chamado Dominguinhos, cruzaram seus caminhos em direções opostas.
Um chora pela vida o outro emudece pela morte. Uma
luz que se acende e outra que se apaga. Vida, princípio e fim. Esse é o grande
enigma!
Vida e morte duas grandes incógnitas que nem os
maiores cientistas conseguem explicar. Filósofos e religiosos buscam encontrar
caminhos que nos levem a compreender esses misteriosos fenômenos.
Nascer é dar continuidade a uma vida iniciada nove
meses antes. A concepção e a gestação são as
mesmas para um príncipe e um
mendigo. Morrer também é um fenômeno que
acontece da mesma forma para reis e súditos.
Grandes mistérios! Entre um fenômeno e outro, a
vida para ser vivida.
E como fazer para vivê-la dignamente?
Um príncipe tem uma trajetória delineada pelas
regras que deverá seguir rumo a possibilidade de obter um trono. Tornar-se rei
e governar uma nação.
Um súdito, ao nascer, tem grandes batalhas para
vencer. Deverá lutar pelo pão de cada dia, vencer obstáculos, pular barreiras,
cumprir etapas e sendo um ser humano sério, terá que mostrar o seu valor e se
possível contar com um pouquinho de sorte.
O rei da sanfona lutou para obter a coroa. Desde
menino, teve que mostrar o seu talento. Desvendar o dom musical até o destino
apresentar a ele outro rei, que o apadrinhou, o Gonzagão, filho de Januário,
que viu no garoto sanfoneiro o seu herdeiro.
Dominguinhos não decepcionou, herdou a coroa e
soube honra-la até o último acorde.
Nasce um príncipe, morre um rei!
E a vida continua rica em mistérios, e que por
isso (ser misteriosa), é que vale a pena vivê-la, sem medos, seguindo cada um o
seu caminho, sem perder a ética e a honra, fatores que devem ser mantidos por
reis, príncipes e súditos.
Edison Borba
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