segunda-feira, 8 de julho de 2013

EXORCISMO POLÍTICO

        Faz tempo, que Brasília, mais especificamente a região que envolve o palácio do planalto, senado, câmara dos deputados e ministérios, precisa ser varrida, limpa e higienizada. Receber uma limpeza geral. Não deixar lixo em nenhum lugar e ter o cuidado de não empurrar nada para baixo do tapete. Muita água, sabão, detergente e boa quantidade de sal grosso, arruda e guiné.
A região política do Planalto Central,  deixou de ser um lugar iluminado para ser mal assombrado, portanto não basta uma limpeza apenas com produtos de higiene, será necessário muito defumador, incenso e reza forte para esconjurar os maus espíritos que se avolumaram naquela região, desde que a capital federal foi inaugurada.
Trata-se de uma força maligna, que se encontra incrustada nas auras da grande maioria dos políticos.
Outro grande problema que assola a área dos ministérios, palácio, senado e câmara são as almas penadas que circulam pelos corredores destes prédios. Espíritos sofredores que clamam por justiça.
Durante as esvaziadas sessões, quando os políticos abandonam suas bancadas, como acontece frequentemente, elas (as almas) ocupam os  lugares dos faltosos, esperando que eles retornem, para possuí-los.  
Almas de cidadãos inocentes que morreram nas portas dos hospitais,  nas enchentes e na miséria. Homens, mulheres e crianças que desencarnaram pelo descaso do poder público. Abandonados à própria sorte foram levados pela morte sem que nada fosse feito para impedir o seu sofrimento. As almas desses brasileiros povoam  salas de reunião, gabinetes, plenário e todos os espaços onde acontece politicagem.
Senadores e deputados preocupados em aumentar suas contas bancárias e não possuem tempo para cuidar daqueles que os elegeram são alvos preferidos pelos espíritos sedentos de vingança
Todos os desencarnados, encontram-se pedindo justiça, envolvendo-se no corpo dos maus políticos. Apesar deles   não perceberem, a cada dia seus organismos ficam entranhados por um material pútrido  transformando-os em entidades maléficas que os tornam piores a cada dia. Suas aparências, externas, podem ser camufladas por  ternos, roupas elegantes e cirurgias plásticas, mas eles se degradam e também os seus familiares gradativa e silenciosamente, de tal forma que os mais sensitivos percebem e se assustam.
A cada dia, esses homens e mulheres, transformam-se em monstros horrendos e putrefatos que se alimentam do sangue e da carne humana, ficando cada vez, mais ávidos de votos e dinheiro.
          Não será apenas com vassouras, que se conseguirá mudar a aura plasmática desse pedaço de Brasília, será preciso uma conjunção religiosa, entre católicos, judeus, kardecistas, evangélicos, candomblecistas, budistas, messiânicos entre outros religiosos e também ateus. Todo  povo de bem e do bem, que consiga realizar reza forte, capaz de interferir naqueles espíritos malignos deverão se reunir para realizar o exorcismo.
         Será necessário expurgar as  almas dos maus políticos, purificando-as, abrindo suas mentes, para que eles percebam  que povo é gente.
Eles precisam ser envolvidos  numa aura de harmonia, para que toda maldade saia de seus corações. É provável que após essa grande sessão não haja mais roubalheira, traição, tramoias, trambiques, desfalques e desvio de verbas entre tantos outros crimes, tão comumente praticados por aqueles que um dia, com aparência de anjos, sorriram para a população pedindo um voto, em nome de Deus, ou então, haverá um esvaziamento em todos os edifícios oficiais de Brasília.
Vamos fazer como as benzedeiras: construir vassouras de guiné ou com folhas de mangueira. Queimar enxofre e aspergir água benta nos quatro cantos da Capital, bater tambores, tocar sinos e cantar em alto e bom tom o seguinte verso:
Varre, varre  vassourinha
Varre, varre a bandalheira
Que o povo já está cansado
De sofrer desta maneira
Pode ser que após tantos anos,  possa funcionar e ajudar a transformar monstros em seres humanos, capazes de perceber que essa Terra é maravilhosa e que seu povo é bom e trabalhador e que a justiça deve ser igual para todos e que ninguém pode ser feliz com a infelicidade dos outros, mesmo tendo imunidade parlamentar.
Edison Borba
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário