terça-feira, 30 de julho de 2013

RELIGIÃO E FÉ

        Analisando a história da humanidade, encontramos diversos capítulos, manchados de sangue, provocados por diferenças religiosas.
Os homens criaram diversas formas de se dirigirem a Deus. São rituais que segundo os seus seguidores, favoreceria a sua comunicação mais rápida com as forças universais. Porém, o que deveria ser livre para cada um escolher o que mais lhe convém, acaba por ser um divisor de águas.
Guerras santas têm sido uma constante até o atual século, apenas as armas e as formas de luta é que mudam, porém as intransigências e os preconceitos são os mesmos.
Na Idade Média, homens mataram uns aos outros tendo como motivo, defender as suas religiões livrando o mundo, daqueles que consideravam infiéis, ou hereges. Na Irlanda do Norte, em 1968, conflitos entre católicos e protestantes causou dezenas de feridos. Essa luta religiosa permanece até hoje,  apenas com pequenas diferenças nos atos de todos os lados. A rivalidade entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte, é um exemplo de como uma sociedade pode se dividir em nome de Deus.
A Bíblia,  é usada como arma de contestação e violência. Religiosos, ao ler o seu conteúdo, o fazem procurando tirar proveito daquilo que lhes interessa. Não existe tecnologia que consiga impedir que os homens usem-na como pretexto para incitar ao preconceito e desavenças.
Ideologias perversas desvirtuam palavras bíblicas para que alguns pregadores possam de forma egocêntrica e sem escrúpulos tirar proveito. Os meios de comunicação são usados como veículos de desagregação  e comercialização de milagres. Estamos vivenciando a criação de igrejas bancárias, onde quem investe mais, financeiramente, tem mais chances de ser vitorioso.
No mundo oriental, as guerras já mataram milhares de pessoas, e ainda irão causar muitos males. Não há como reverter à luta religiosa nessa parte do mundo.
Onde fica a liberdade de escolha que Jesus tanto apregoou em sua passagem pelo mundo?
Por que é preciso estar diretamente ligado a um poder religioso para alcançar graças divinas?
Por que tenho que odiar um irmão apenas pela diferença de culto?
Por que ridicularizar e estabelecer preconceitos pelas formas ritualísticas que cada um utiliza para orar?
Quem pode dizer em sã consciência qual religião é a melhor?
O que precisamos é desenvolvermos fé, sermos caridosos e respeitosos para com os nossos semelhantes. Tirarmos de nossos corações todo e qualquer tipo de preconceito. Sermos honestos e não querermos ter mais do que é conseguido com o suor do nosso próprio rosto. Se houver necessidade de frequentar um templo e participar de algum ritual, é bom verificar o que realmente aquele grupo significará para a minha evolução como ser humano. Se não houver pureza e fé nos corações, nada do que é dito pela boca do homem, terá valor.
 A fé é união.
A fé verdadeira  existe independente de religião.
A fé  nos torna compreensivos  e construtivos.
A fé não é preconceituosa.
A fé não faz guerras e não separa irmãos.
A fé é poderosa e está em cada um de nós independentemente dos rituais praticados, dos hinos cantados e das palavras “faladas”.
          Edison Borba
 

 

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