A
figura de um homem pré-histórico puxando uma mulher pelos cabelos, apesar de
questionada pelos historiadores, ainda é bastante conhecida, e se transformou
em piada. Legalmente, nos dias de hoje, o machão cairia nas malhas da Lei Maria
da Penha. Porém apesar das novas regras, ainda existem muitos homens (??!!) que
puxam suas mulheres não só pelos cabelos.
Apesar
de estarmos em novo século, muitas vezes, temos a impressão que alguns genes da
idade da pedra, ainda funcionam e levam representantes do gênero masculino a
demonstrar atitudes pré-históricas. As delegacias de mulheres recebem queixas
diariamente, em todo território nacional. Atitudes que deixariam qualquer
troglodita envergonhado.
O
número de assassinatos de mulheres no Brasil é um caso de “polícia”!
Os
donos da casa, os “chefes” de família, os senhores do lar, continuam deixando suas marcas no corpo e na
vida de suas companheiras.
Apesar
delas, ter “crescido” e se transformado em mulheres com “eMe” maiúsculo, o
predomínio da truculência ainda é uma constante. A educação talvez seja um
caminho a ser percorrido a, longo prazo. Educação de mão dupla, para ELES e
ELAS, buscando fazer com que haja respeito e valorização de cada gênero, por si
mesmo e pelo o sexo oposto.
Cidadãos
do Rio de Janeiro estão sob o impacto de assistir pela televisão, uma mulher
sendo arrastada pelas ruas da cidade, porém não se tratava da cena
pré-histórica, o fato foi real e aconteceu às vistas de todos.
Claudia
Silva Ferreira, de 38 anos, moradora do morro da Congonha, no bairro de
Madureira, foi atingida por tiros disparados por desconhecidos (??!!), os responsáveis pelas “balas que se perdem” no corpo humano.
Bastante ferida, foi socorrida (??!!) por uma patrulha da polícia militar. No
caminho, a porta do bagageiro do carro, onde Claudia foi colocada, se abriu e a
mulher foi arrastada por vários metros, pelas ruas da cidade. Fatalidade? Erro na ação dos policiais?
Estamos
diante de mais um caso, em que a mulher é a vítima em todos os sentidos.
Culpados? Muitos. Todos os que direta ou indiretamente contribuíram para esta
trágica cena. Claudia, provavelmente foi vítima de muitos erros sociais. Este,
talvez, tenha sido o mais grave e mortal. Como deve ter sido a luta desta
brasileira trabalhadora? Quantas situações difíceis ela passou para criar os
quatro filhos e mais quatro sobrinhos?
Seu
marido a definiu como: “extrovertida, guerreira “pra caramba” e determinada no
que queria”.
Morreu
sem poder realizar o sonho de modificar a casa – “interromperam o sonho dela”,
afirmou seu companheiro.
Será
que a pré-história é aqui? Mulheres arrastadas pelos cabelos ainda é um fato
banal, os casos de denúncia nas delegacias especializadas estão cheias não só, com
este tipo de delito. Outras modalidades de violência, piores do que na idade da
pedra, infelizmente são comuns no dia-a-dia de muitas brasileiras.
Mulheres
“arrastadas” pelos homens, não pode continuar sendo um fato aceitado pela
sociedade, seja pelos cabelos ou por um carro, o fato deixa claro que somos, uma terra de “cabras machos”, que ao
agir assim deixa dúvidas sobre a sua real masculinidade. Será?
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