sexta-feira, 7 de março de 2014

INFÂNCIA E CRIME

          É cada vez maior o número de crianças e jovens no mundo do crime.  Meninos de nove  anos envolvido em furtos e assaltos. Situação grave que tem passado “em branco” diante dos olhos da sociedade. Cada vez mais a faixa etária diminui e crianças que deviam estar na escola ou brincando e aprendendo a amar a vida, estão sendo treinadas para a destruição.
           Durante o carnaval a Escola de Samba União da Ilha, trouxe como enredo o mundo infantil, e no samba cantado pelos foliões há um trecho que diz: “ser criança, não é brinquedo não” ou “com criança não se brinca, mas se brinca com criança”.
Há anos a infância brasileira vem sendo negligenciada, antes até do seu nascimento. Gravidez desamparada, sem acompanhamento médico adequado. Mulheres, mães trabalhadoras que lutam por uma vaga em creche de qualidade. Falta de vagas e escolas sem condições de atuar adequadamente. E atualmente uma nova geração: “os filhos do crack!”
Uma sequência de erros, uma montanha de projetos e nenhuma ação adequada. As casas de recolhimento são incapazes de recuperar seus internos. Em contrapartida uma equipe de traficantes, armados com palavras e metodologias inovadoras, atraem cada vez mais crianças e jovens para o mundo do crime. Temos hoje no Brasil, milhares de “kamikases”, treinados para morrer ou matar. Brasileiros que não chegarão à idade adulta, íntegros quanto à sua capacitação psicológica ou morrerão antes dos 30 anos.
O número de ações do governo e de algumas ONGS, sérias, são insuficientes para atender a grande maioria de brasileirinhos. O Brasil necessita urgentemente de uma revolução educacional, uma reforma, uma reviravolta rapidamente. Verbas aplicadas honestamente, valorização de educadores, prisão para os que desviam verbas da educação e saúde. Estamos gradativamente caminhando para um caos social. A mídia enaltece algumas ações isoladas, esquecendo que elas são  pequenos grãos do universo do areal.
Ainda existe tempo de impedir que a epidemia da deliquência chegue a níveis de insustentabilidade.
Edison Borba
 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário