quinta-feira, 13 de março de 2014

A TRISTE EDUCAÇÃO DOS BRASILEIRINHOS

“Sem caderno, não faz lição, sem lápis, não faz lição e sem lição não tem futuro” – palavras de um brasileirinho de São Paulo.

“Minha escola não tem luz, nem ventilador, nem parede o barulho fica atrapalhando, quando passa um carro na estrada e uma moto, chama a atenção do aluno, aí não é bom não!” - palavras de outro brasileirinho,  do interior do piauiense.

Ambos foram entrevistados por jornalistas de uma famosa rede de televisão brasileira, neste mês de março de 2014.
Em vários municípios de São Paulo, escolas ainda não receberam material básico para estudar, como os mais simples: caderno e lápis. Os livros distribuídos pelas prefeituras tiveram apenas as capas modificadas e o conteúdo se manteve o mesmo. É tudo igual o que já foi estudado, e para piorar o problema, em algumas das apostilas (livros) os conteúdos de diferentes disciplinas estão misturados. Uniformes? Nem pensar! As prefeituras alegam que estão em fase de estudo para organizarem os contratos com empresas especializadas. Diversos gabinetes quando questionados, as respostas foram às mesmas, indicando um possível acordo entre os diversos prefeitos.
Viajando para o Piauí, encontramos escola sem parede, funcionando numa casa de farinha de mandioca. Enquanto os professores tentam trabalhar, num local totalmente aberto,  as vozes se misturam e animais passeiam entre as crianças.
Sem paredes e sem luz, esses brasileirinhos, não estudam no tempo de chuva. O grande esforço dessa gente é um destaque para a força que o povo brasileiro usa para sobreviver aos desmandos dos governos.
Escola sem parede, alunos sem material e uniforme e o transporte escolar quase inexistente, é um constante perigo para os brasileirinhos.
Enquanto isso, no Rio de Janeiro, mais de doze escolas estão sem aulas, em função da ocupação policial da Vila Kennedy. Polícia e traficantes mais uma vez lutam pela ocupação de mais um território. Hoje dia, 13 de março de 2014,  acontece mais de 22 incursões por diversas comunidades da Cidade Maravilhosa.
Estas e outras calamidades estão acontecendo agora em diversas escolas em todos os estados brasileiros. Infelizmente pouco se comenta sobre o desabamento do teto de uma escola ou que alunos e professores bebem água retira de galão, entre outras tragédias educacionais brasileiras.
Após os jogos da Copa Mundial de Futebol, os brasileiros irão às urnas, com grande dificuldade de renovação. O que vemos através das propagandas políticas, são as mesmas caras, repetindo os mesmo textos indicando que continuaremos com escolas sem paredes, alunos sem uniforme e material escolar, hospitais sem condições de funcionamento e brasileirinhos sem a possibilidade de um futuro melhor.
Até quando esse meu país, Brasil,  continuará vivendo de sonhos?
Rio de Janeiro, 13 de março de 2014.
Edison Borba
 

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