Diferentemente de outros países,
aqui no Rio de Janeiro, as estações do ano, são marcas encontradas apenas nos
calendários. Nossas variáveis de temperatura ficam entre quente e muito quente.
Porém, neste verão, que termina,
cariocas viveram um dos mais quentes e secos dos últimos anos, chegamos a uma
temperatura de 55 graus, e as chuvas poucas vezes deram alívio à população.
No Brasil, a chegada do outono
encontra uma situação no mínimo inusitada, acontece cheia na região norte, onde
as águas dos rios Madeira, Xingu, Acre e Araguaia continuam subindo devido às
fortes chuvas na região. Mais de 30 mil famílias estão desabrigadas ou
desalojadas. Enquanto as chuvas não cessam no norte, cidades do interior do
nordeste continuam secas. Uma das maiores estiagens, em muitos anos, torna a tragédia da população
das cidade atingidas uma das maiores em muitos anos.
A seca do nordeste faz parte do calendário nacional e a sua
presença, é sempre esperada com ansiedade pelos políticos, que fazem deste
fenômeno um grande comércio eleitoreiro.
No sudeste, a falta de chuvas no
sistema que abastece de água, uma das maiores cidades do mundo, São Paulo, está
cada vez mais baixo. Especula-se mudanças em recursos hídricos, desviando a
água do Rio de Janeiro de Minas Gerais. Os
poucos rios que restam em São Paulo estão poluídos. A natureza começa a cobrar um
alto preço pelo descaso e mal uso de seus recursos.
Enquanto isso, as temperaturas em
todo o Brasil, variam entre 17 e 38 graus. Chuvas e estiagem. Umidade e seca. Tudo
ao mesmo tempo e no mesmo país.
Para os brasileiros o importante é
marcar nas agendas e calendários a chegada do outono, as folhas secas, que
tornam amarelas as árvores da Europa, aqui se misturam com o verde e as flores.
Quanto às frutas, é só chegar num
mercado mais próximo e dependendo da região podemos comprar maçã, umbu, pera,
siriguela, uva, tangerina, graviola, nêspera, cajá, laranja, jaca, melancia , jamelão ou
qualquer outro tipo de delícia que a “mãe” natureza nos oferece.
Para os cariocas, uma frase se repete durante os finais de semana dos 365
dias do ano, seja no outono, inverno, primavera ou verão: “será que vai dar praia?”
Edison Borba
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