Até os mais discretos jornalistas e âncoras dos
telejornais, até as emissoras mais conservadoras e discretas, que tentam manter
a informação isenta de partidarismo, está modificando seu estilo, e usando os
horários dos telejornais, para atender a população.
Entrevistas com moradores, filmagens em comunidades,
denúncias de desperdício do dinheiro público, parques abandonados e tantas
outras mazelas que aflige a população. Várias emissoras de televisão entram com
matérias ao vivo, desmascarando políticos que não cumprem promessas feitas
durante o período de eleição.
Os jornalistas humanos, falam pelo povo, são eles que
possuem a força que une uma nação de norte a sul. Portanto, mesmo cumprindo
regras inerentes ao ofício, aos poucos as emissoras estão indo além das
informações, elas estão buscando ações, soluções e indicando ao povo que
caminhos seguir.
É sapatada, é dedo na cara, é pedido de ajuda, é o corta
pra mim e outras formas mais discretas de denúncia que os nossos amigos
jornalistas estão fazendo. A sociedade agradece essa parceria. Os companheiros
da imprensa são extremamente importantes para a manutenção do processo
democrático.
Jornalista humano e não apenas repetidor de mensagens,
fazendo leituras e mantendo uma máscara facial inatingível, isso já faz parte
de um jornalismo antiquado. É claro que sabemos que é preciso manter o
equilíbrio ao se relatar uma notícia, porém é desagradável para o
telespectador, ouvir e ver “manequins” sem nenhuma emoção “passar” um nota
dramática com a mesma calma e expressão facial com que estaria informando uma
venda de apartamento.
Jornalista é povo, e apesar do profissionalismo, ele
deve expressar à emoção de um cidadão que está diante das câmeras. Mais uma
vez, repito: sabemos das regras a ser seguidas por estes profissionais, porém,
assassinato não é batizado; desastre com morte não é casamento de famosos; sequestro
de criança não é chegada da primavera; bandidos atirando na população, não é
partida de futebol. Para cada fato há que se ter um clima, uma expressão e até,
uma demonstração de emoção, do tipo “Isso é uma vergonha!”
Os telejornais aos poucos estão conseguindo driblar o
“convencional” e conforme os horários, as notícias são transmitidas com
pequenas variáveis de interpretação.
No mundo das notícias, uma voz ainda pode ser ouvida em
nossas lembranças, a de Heron Domingues, o “Repórter Esso”.
Da mesma forma que Heron, entre os radialistas, os famosos “transmissores” de
jogos de futebol, Ari Barroso, se
destacou ao transmitir os jogos, deixando fluir suas emoções, principalmente
quando o Flamengo entrava em campo.
Muito bom perceber que os atuais companheiros da
imprensa estão mudando para melhor.
A população agradece!
Edison Borba
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