Natal,
réveillon e carnaval. Somente após o apito final, anunciando o fim das festas
carnavalescas, o Brasil inicia a rotina, acompanhando o ritmo comercial e
social, que mantém as sociedades universais funcionando.
Esse
pedacinho da América do sul tem seus próprios caminhos, suas próprias
revoluções, que ocorrem sem disparos de armas, sua própria e diversificada
cultura e a sua própria, única e vergonhosa política. Está mais do que provado
pesquisado e relatado: não existe nenhum país como este!
Em 2014,
a organização desta terra que tinha palmeiras, onde cantava o sabiá (muitos pássaros
já foram traficados e mortos) terá o prazer de sediar a Copa do Mundo de
Futebol, portanto o calendário brasileiro sofrerá mudanças radicais. Durante o
período dos jogos, em virtude dos feriados, o calendário escolar e as agendas
comerciais já estão sendo alterados.
Os dias
em que a seleção canarinho entrar em campo, haverá feriado nacional. Nas outras
competições tudo ficará por conta das cidades prefeitos e governadores.
Portanto,
o ano de 2014, terá um grande período festivo, além das naturais festas que
tanto gostamos de comemorar. Quando os jogos terminarem, o país terá um período
de produção e logo a seguir inicia-se o “frisson” para as compras de Natal, réveillon
e mais um carnaval. Então já estaremos em 2015, pensando e organizando os
grandes festejos que marcarão as Olimpíadas de 2016.
E
assim, “em passo de formiga” caminhamos para ser a maior potência mundial, provando
para o mundo que, como as cigarras, cantamos o ano inteiro, enquanto as
formigas trabalham e com o nosso canto e encanto vamos levando à vida feliz. Estamos
acostumados a assistir de camarote os desvios de verbas e as falcatruas que os
nossos políticos utilizam para manter o equilíbrio nacional.
E por
falar em políticos, estava esquecendo, este ano também teremos uma grande festa
democrática, iremos às urnas para confirmar a presença e a manutenção de tudo e
de todos que estão no poder. Será um carnaval fora de época, mas os concorrentes
usarão máscaras, o povo cantará marchinhas, haverá cores diferenciadas para
anunciar os blocos, conhecidos como partidos.
Palanques e coretos serão construídos e unidos cantaremos:
“O povo unido jamais
será vencido”!
Edison Borba
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