sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

DAVIS: MUITO ALÉM DA SALA DE AULA ...

Quando alguém busca  a profissão professor, por vocação, por necessidade de realizar sonhos, a satisfação obtida nas atividades, é de proporções até espirituais. O trabalho do mestre não termina a cada aula, a cada dia, a cada semana, a cada mês ou ano letivo. Está sempre presente em nossos corações, pensamentos e lembranças os nossos alunos. Eles representam cidadãos, que estamos ajudando a dar forma, como um escultor, faz com suas obras – esculpir, polir, admirar o trabalho, que deverá servir para a admiração do mundo.
Um dia, teremos o orgulho em afirmar: - este brasileiro eu ajudei a “moldar”!
Quando um professor, daqueles que acredita na profissão, é obrigado a sair para as ruas em passeatas,  reivindicando  melhores condições de trabalho, é claro que ele o faz buscando respeito e melhorias e neste caso, salário é imprescindível. Mas também, os alunos, as suas condições de aprendizagem,  a  escola onde estudam, e todo o material que deve existir para que o processo de ensino e aprendizagem aconteça de forma ética e honesta, também fazem parte da luta.
Professor sério não engana alunos, apenas para agradar qualquer que seja a autoridade!
O ofício de ensinar vai além do conteúdo de cada disciplina! Precisa-se de condições  para fazer funcionar uma escola! Precisa-se de respeito e apoio para levar às crianças e jovens, um saber de qualidade!
Ser professor é algo tão sério e sublime, que ao tomar conhecimento, do sucesso de um aluno,  emociona o profissional.
É gratificante saber que o aluno, “virou” Doutor! É emocionante participar do sucesso deles, mesmo que a distância geográfica e temporal seja uma realidade.
Também emociona um professor, quando ele toma conhecimento que um dos seus alunos, está machucado. Foi atingido por bandidos, está  num hospital. Nesta hora, sentimos que a nossa aula não acabou, que ainda temos um aluno em recuperação e precisamos ajudá-lo. Precisamos fazê-lo seguir adiante e não perder o ano.
Nossos alunos têm o direito de brilhar, como cantou Caetano Veloso.
Não podemos deixar ninguém para trás, todos devem seguir juntos rumo ao sucesso.
É nesta hora, que pensamos no Davis, o menino de uniforme azul e branco. Ele está em recuperação e não podemos deixá-lo sem o nosso apoio. Todos os companheiros de profissão, todos os colegas de turma, do CEJK e todos os professores e alunos de todos os Colégios e Escolas do Brasil, todos juntos, não podemos deixar o Davis sozinho.
Educar é ir muito além de uma sala de aula!
Edison Borba
 
 
 

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