sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

TENHO PENA DO BRASIL!

Nos complicados anos sessenta, explodia no Rio de janeiro, uma jovem cantora baiana, que clamava num discurso sobre os retirantes da seca nordestina, enquanto cantava Carcará. Tempos depois, num novo show, Brasileirinho, ela falou da vontade de embalar a sua pátria, colocá-la no colo e fazer carinho. A força do carcará dando lugar à ternura, mas, nos dois momentos o respeito pela Pátria Brasil fica muito bem definido.
Agora, em 2015, esta mesma mulher, declara durante uma entrevista que está com pena do Brasil.
Maria Bethânia, ao deixar escapar “tenho pena do Brasil”,  confessa que nem a luta do povo  nem a ternura democrática de amor à nossa Pátria, foram suficientes para melhorar as condições de vida do  brasileiro.
Às vésperas do carnaval de 2015, apesar da euforia que envolve a população de todas as regiões, apesar da festa que se anuncia, sabemos que nossa querida Pátria está gravemente doente.
O Brasil está enfermo, tão enfermo que dá até pena na gente!
A seca deixou a região nordeste e se espalhou por outras áreas, o país, considerado o dono das águas do mundo, perdeu-se na poeira e hoje vive com a caneca e o pires na mão. A caneca para pedir água e o pires para tentar salvar os bilhões de reais que migraram, tal qual retirantes, para cofres de outras Terras.
Também tenho pena do Brasil!
Tenho pena do povo brasileiro!
Tenho pena de mim mesmo!
Tantos sonhos, lutas, passeatas, enfrentamentos, trabalho (muito trabalho), imposto (muitos impostos), taxas, tarifas, suor, calos nas mãos que, se juntaram muitas vezes, para orar pela pátria amada, e tudo parece que foi em vão.
Que pena! Os homens e mulheres nos quais depositamos nossa confiança e esperança, não souberam amar a Pátria. Tiveram um comportamento como o de Judas, vendendo-a por muitas moedas de Euro e de Dólar.
Que pena, Brasil!
Edison Borba
 

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