sábado, 25 de março de 2017

UMA CASA OU UM LAR?

Um dia a gente acorda e percebe que depois de tantos anos morando no mesmo apartamento ou casa, ainda existem alguns “cantinhos” e “objetos” que não tivemos tempo de parar para admirar. Com a vida corrida e a agenda sempre cheia de compromissos, compramos “coisas” como quadros, espelhos, poltronas, almofadas e tantos outros badulaques, mas que só os admiramos nas vitrines das lojas. Uma vez levados para nossos lares, e colocados em seus devidos lugares, nunca mais paramos para admirá-los.
Nossa casa, nosso lar, nossa morada. Entramos e saímos diariamente sem termos noção do que possuímos. Acumulamos objetos até que se tornem obsoletos, perdem as cores e os trocamos por outros que terão o mesmo destino.
E assim vamos vivendo, passando o tempo, buscando nas ruas e nas viagens, muito do que já existe em nossos lares. O local em que habito, tem encantos e tem recantos que permanecem intocáveis, até um dia que sentimos a sensação de que podemos perde-los. Nesse momento bate uma sensação de que somos um estranho naquele ninho e um vazio enorme entra em nosso peito. Uma grande vontade de nos agarrarmos a tudo que ali existe, como se dessa forma pudéssemos viver para sempre.
Edison Borba
 

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