sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A IMPERMANÊNCIA DA VIDA.

Tudo que existe no universo tem princípio, meio e fim. Esse ciclo, na realidade é um círculo fechado que coloca o início de encontro com o fim, deixando claro que o fim nada mais é do que o início de um novo ciclo. A repetição destes ciclos em círculos é que nos dá a sensação de eternidade cíclica  e a impermanência da vida que se perpetua através dos ciclos.
Nada é permanente no Universo,  existe uma constante mudança, onde o antigo e o novo estão interligados numa longa corrente sem fim. O encadeamento dos ciclos e dos círculos  são atemporais. A eternidade está contida nas 24 horas do ciclo de um dia. Todas  as manhãs, renascemos e, iniciamos um ciclo novo, tudo o que tenho e sou  completa-se a cada dia. Quando juro meu amor a alguém, a validade desta promessa é de apenas  1440 minutos.
A beleza da impermanência da vida está na possibilidade de renová-la constantemente, entendendo que vivemos ciclos diários, que se complementam formando elos numa cadeia infinita. O importante é percebermos a plenitude do aqui e agora. Quanto mais consciente estivermos do nosso dia, e procurarmos completá-lo de forma plena, mais equilibrada será a nossa vida, vivida ciclo após ciclo. O sofrimento pode ser consequência de querermos sair do nosso ciclo, tentando alcançar uma etapa sem complementar a anterior, forçando a quebra dos elos da grande cadeia universal de cada ciclo.
Diariamente, ao adormecermos damos adeus à vida e mergulhamos nas incertezas do novo dia que virá. Ao amanhecer, quando iniciamos um novo ciclo, abre-se a oportunidade para novas situações, transformações e até extinções. Durante todo o nosso ciclo vital, as mudanças se sucedem numa frenética ebulição, que se traduz em calmaria, da complementação das reações de um ciclo. Se estivermos convictos, que o amanhã nos reserva novidades, posso viver livre, sem me prender a nada eternamente.
A felicidade pode surgir, para quem souber entender, que o eterno é construído diariamente. Quem acredita que nada mais tem a fazer, porque tudo já está conquistado, como: família, bens e amor, corre o risco de acordar num ciclo vazio. Precisamos lutar diariamente, por tudo o que almejamos,  como se tudo o que está ao nosso redor, ainda precisasse ser conquistado.
Edison Borba

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